Curitiba – O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região estima que 138 agências e dez sedes administrativas estejam fechadas hoje (25), em adesão à greve por tempo indeterminado iniciada ontem.
Em Curitiba e na região metropolitana, 10,2 mil trabalhadores paralisaram as atividades. Até o final da tarde de ontem (24), 144 estavam fechadas, mas, de acordo com o sindicato, os bancários do Bradesco que trabalham na capital e região tiveram que reabrir as agências, por causa de uma decisão judicial. Se descumprir a determinação, o sindicato receberá multa diária de R$ 90 mil por unidade que permanecer fechada.
O sindicato informou que vai recorrer da decisão. A expectativa da categoria é de que no decorrer do dia a greve se estenda a agências de mais bairros. Até agora o movimento tem se concentrado na área central da cidade e em alguns bairros como Portão, Centro Cívico e Juvevê.
Segundo o sindicato, a mobilização é grande também no interior do estado. Os municípios com maior adesão à greve são Londrina (43 agências), Umuarama (37 agências) e Apucarana (20 agências).
De acordo com a Federação dos Bancários da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Paraná, 129 agências nas bases sindicais do interior filiadas à CUT também estão com as atividades paralisadas.
A greve dos bancários de Curitiba e região faz parte do movimento nacional da categoria. De acordo com o sindicato, em negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) desde o dia 10 de agosto – quando um documento com as reivindicações da categoria foi entregue oficialmente – os trabalhadores não aceitaram a proposta dos patrões.
Segundo o sindicato, houve quatro negociações até a Fenaban propor reajuste de 4,5%, que, de acordo com a categoria, não representa ganho real, além de participação nos lucros e resultados (PLR) inferior ao valor pago em 2008.
Os bancários vão avaliar a paralisação em Curitiba em assembleia marcada para hoje, às 17h, no Espaço Cultural e Esportivo dos Bancários, no Bairro Rebouças.
Lúcia Nórcio /ABr