domingo, dezembro 22, 2024

42% dos consumidores de carros blindados são mulheres

Mais poderosas, mais independentes e com mais medo. Esse é o retrato atual feminino. As mulheres ampliaram sua participação no mercado de trabalho e passaram a ficar boa parte do dia fora do lar. Mais expostas e vítimas preferenciais da criminalidade, elas também têm registrado maior participação em um universo anos antes predominado pelos homens: a blindagem automotiva.

De acordo com levantamento realizado pela Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), em 2012 as mulheres representaram 42,5% do setor. Em 2011, elas representavam 35%. Do universo feminino blindado ano passado, a maioria (22,8%) tem entre 40 e 49 anos. A faixa etária correspondida entre 30 e 39 anos representa 18,5%, seguida por mulheres de 50 a 59 anos, que somam 13,5% do público. As jovens de 18 a 29 somam 20,4%. O restante (24,8%) é formado por mulheres com 60 anos ou mais.

Uma das empresas que vivencia o aumento da procura feminina pela proteção é a Concept, de São Paulo. Em 2012, 39% das pessoas atendidas no local eram mulheres. E em 2013, quase 190 mulheres já estacionaram seus carros no pátio da blindadora para receber a proteção.

“Das mulheres que procuraram o nosso serviço, muitas são executivas, alcançaram altos postos em grandes empresas ou são empresárias bem sucedidas e, em posse de carros mais luxuosos, acabaram virando consumidoras da blindagem automotiva. Mas há também clientes com carros menos luxuosos, que já se tornaram vítimas da violência urbana e assustadas, recorreram a essa alternativa de proteção”, explica Rogério Garrubbo, diretor da Concept. A blindagem mais utilizada foi a de nível III-A, que suporta até tiros de submetralhadoras (pistolas) 9mm e revólveres .44 Magnum.

Ainda de acordo com a pesquisa setorial da Abrablin, 8.384 veículos foram blindados em 2012, um crescimento de 2,7% na comparação com 2011, quando o país já havia batido o recorde no número de carros que receberam a proteção balística
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Cresce número de roubos de veículos e de latrocínio

De acordo com levantamento recente da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), o número de latrocínios (roubos seguidos de morte) na capital paulista aumentou 74% na comparação entre os meses de janeiro e abril deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 54 casos neste ano contra 31 em 2012.

Os casos de roubo e furto de veículos também registraram alta. Foram 8.020 veículos roubados no mês de maio deste ano ante 7.884 em abril – alta de 1,7%; já os casos de furto, no mesmo período de comparação, passaram de 9.308 para 9.793 – crescimento de 5,2%.

Denis Dana
UNOPress

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