Florianópolis – Os acidentes de trânsito envolvendo motociclistas estão se transformando num problema de saúde pública. De acordo com dados da Polícia Militar, foram 3.286 ocorrências em 2010 nas rodovias municipais e estaduais em Santa Catarina. Com base num cálculo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, estima-se que foram gastos mais de R$ 160 milhões no atendimento e recuperação das vítimas destas colisões. Nas rodovias federais, também no ano passado, a Polícia Rodoviária registrou 104 mortes.
O Governo do Estado está preocupado com a situação e lançou, neste mês, uma campanha de conscientização voltada à direção responsável, com o lema “Pense na sua família. Volte vivo para casa.” O risco de um jovem morrer no trânsito de Santa Catarina é 160% maior do que a média brasileira. O estado é o segundo colocado em número de mortos por acidentes de trânsito: são cerca de 110 pessoas por dia.
Com o crescente número de motocicletas nas ruas – são 664.933, contra 2.014.449 carros – sobe também o número de acidentes em que se envolvem. Por isso, estão no foco da campanha, idealizada pelo Deinfra e pela Secretaria da Infraestrutura. Os anúncios buscam o impacto, com imagens de crianças feridas, reforçando que as famílias são as principais vítimas das colisões.
Além do aspecto humano, o Governo do Estado vê o problema como uma questão de saúde pública. Os acidentes com motos são muito numerosos e, em geral, as vítimas sofrem fraturas graves que exigem um longo período de tratamento, com custos elevados. Uma diária em UTI, por exemplo, custa em média R$ 2 mil. A conscientização dos motoristas pode, assim, representar uma economia para o contribuinte.