Agora ficou mais fácil adotar, mas esta decisão precisa levar em conta um processo de gestação emocional, que pressupõe doação e responsabilidade e é capaz de conferir segurança para vencer as dificuldades e criar laços. Obra de Paulinas discute sobre os múltiplos aspectos da adoção e mostra o caminho das pedras.
“Adotar é dar a alguém a oportunidade de crescer. Crescer por dentro. Crescer para a vida. É inserir uma criança em uma família, de forma definitiva e com todos os vínculos próprios da filiação.”
Agora está mais fácil realizar o sonho de aumentar a família. No último dia 3, foi sancionada a nova lei de adoção 12.010/09, que tem como principais objetivos desburocratizar o processo, preparar gradativamente os pais que irão receber o filho adotivo e evitar o prolongamento da permanência da criança e do adolescente em abrigos públicos e particulares.
A notícia não poderia ser mais oportuna: pelos números do relator da Lei de Adoção no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), 38 mil crianças estão à espera de um lar, 3,5 mil delas em condições de serem adotadas. Por outro lado, 22 mil pessoas confirmaram em cadastro o interesse em adotar uma criança.
“Não é imprescindível que crianças ou adolescentes sejam gerados biologicamente para serem amados, mas é preciso que sejam gerados psicológica e emocionalmente para que os laços de afeto estabelecidos na adoção ofereçam segurança a pais e filhos”, considera a escritora Hália Pauliv de Souza.
Mãe adotiva de duas meninas, ela coordena cursos de preparação aos pretendentes à adoção e é autora de Adoção, exercício da fertilidade afetiva, um dos mais completos trabalhos sobre o tema no País.
Lançada por Paulinas, a obra discorre sobre a adoção em seus múltiplos aspectos: legais, psicológicos, financeiros, familiares e sociais. Hália conceitua a adoção e explica os tipos possíveis e aceitos pela legislação brasileira; discorre sobre as forças que motivam os pretendentes à adoção a trilhar esse caminho, as providências para a preparação e a importância da educação em família e na escola.
E apresenta o outro lado: crianças e adolescentes que podem ser adotados e como se comportam quando recebidos em família.