A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia apoiou a decisão da Câmara dos Deputados, que aprovou projeto, sancionado pelo presidente Lula, que torna o airbag obrigatório em todos os automóveis.
O secretário-geral da SBOT, Flávio Faloppa, afirmou que, embora a inclusão do airbag possa encarecer o custo dos veículos, como alega a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, todo investimento em segurança é importante porque, a longo prazo, “resulta em economia de vidas”.
Faloppa, que é também professor titular de Ortopedia da Universidade Federal de São Paulo, antiga Escola Paulista de Medicina, lembra que também houve resistência quando da obrigatoriedade do cinto de segurança, que já evitou milhares de mortes até hoje, e que provocou uma economia muito grande em atendimentos hospitalares.
“Os ortopedistas, que estão na linha de frente dos prontos socorros e hospitais, conhecem bem o custo pessoal e familiar dos acidentes com veículos”, disse o médico, que lembrou ainda o prejuízo da incapacitação temporária de um chefe de família que, vítima de uma fratura ou de uma lesão da face, deixa de prover o sustento de seus dependentes durante a convalescença.
A SBOT, que acompanhou atentamente a discussão do projeto na Câmara, tem trabalhado juntamente com o Ministério da Saúde para reduzir os acidentes de trânsito, que implicam em gastos de 28 bilhões de reais anuais pelo Governo e recorda que estudo do Centro de Experimentação e segurança Viária indica que, fosse o airbag já obrigatório, 3.426 mortes no trânsito teriam sido evitadas de 2001 a 2007.
UNOPressPress