Crianças da Casa Lar Irmã Carmen de Araranguá passam o dia em Criciúma conhecendo pontos turísticos, no projeto desenvolvido pelo grupo Ação Mais
Criciúma – Para aquelas crianças que por infelicidade do destino foram abandonadas pelos pais, maltratadas e aguardam o retorno para casa ou, até mesmo, o encontro de um novo lar, qualquer demonstração de carinho é bem vindo. Um simples gesto de amor e amizade podem se transformar em um momento inesquecível. Neste sábado, mais de 30 crianças e adolescentes da Casa Lar Irmã Carmen de Araranguá, tiveram horas de diversão que não sairão tão cedo da memória. Com o projeto desenvolvido pelo grupo de voluntários do Ação Mais, eles foram buscados na cidade das avenidas para passar o dia em Criciúma. A atividade externa tem como objetivo proporcionar a socialização dos moradores da Casa Lar, os quais vivem em situação de risco.
Segundo um dos fundadores do projeto, Marcelo Raupp, a programação foi elaborada pelos voluntários e com a ajuda de apoiadores. Às 9 horas eles foram buscados em Araranguá, onde aconteceu a entrega de colchões e roupas para a instituição. Os pequenos foram identificados com crachás, às 10 horas puderam se divertir no Art Play do Criciúma Shopping e às 11 horas no Boliche do BBbowling. O almoço foi proporcionado a partir da doação do restaurante Montalccino. Em seguida o grupo foi levado para conhecer a Mina de Visitação Octávio Fontana, onde aconteceram três passeios com duração de 20 minutos cada. O lanche da tarde será com a doação do Giraffa’s no Criciúma Shopping. Quando partirão para o Parque das Nações Cincinato Naspolini, onde acontecerá a entrega de presentes, chocolates, toalhas e havaianas. “Tudo que conseguimos e realizamos foi através de doações. Nós sempre buscamos ajudar as instituições e contamos com o apoio das pessoas que se sensibilizam com determinadas ações”, salientou Raupp. O ônibus, por exemplo, foi cedido pela secretaria do sistema de Educação de Criciúma.
Para o diretor administrativo do orfanato, João Izé Rosa, essas saídas são bastante marcantes. “Eles recebem comida diferente, tem contato com outras pessoas e ainda ganham presentes. Nós até utilizamos esses projetos como auxílio na melhora do comportamento de algumas crianças”, salientou. Segundo o diretor, é importante que as pessoas conheçam o trabalho que é realizado. “Alguns dos que estão no lar foram abusados e essas ações fazem com que retornem a vida em sociedade após um trauma”, reforçou.
Um menino de 11 anos está na Casa Lar há um mês. O seu encaminhamento para o local aconteceu com a prisão de sua avó. Segundo o garoto, foi a primeira vez que entrou em uma mina de carvão e jogou boliche. “Estou gostando de tudo. Na mina tinha uns mapas bem legais”, recordou. Quem concordou que o dia está muito divertido foi uma menina de seis anos. Ela mal conseguia conter a alegria da quantidade de passeios que foram promovidos. “Nossa, a mina é toda escura, quase não conseguia enxergar. Mas tinha uns bonecos e a professora explicou pra gente o que acontecia lá. Muito massa”, falou entusiasmada.
Para conhecer mais e melhor o trabalho da Casa Lar Irmão Carmen, basta entrar em contato no telefone 3522.1069 ou no site www.casalar.org.br.
Marcelo Raupp: 9607 7896
Texto e fotos: Jussi Moraes (JP 3733 SC)
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