Hoje em dia, já praticamente não existe qualquer diferença entre as chamadas profissões femininas e masculinas. As mulheres não apenas servem no exército, conduzem caminhões e navios, mas também, frequentemente, são mais bem-sucedidas em comparação com seus colegas do sexo masculino.
Elas podem suportar condições extremas, investigando o Ártico, como Tatiana Pronchischeva, primeira mulher pesquisadora das regiões polares no século XVIII, trabalham como pilotos de ensaio e estabelecem recordes mundiais, como famosa Marina Popovich, e, a partir da segunda metade do século XX, participam na conquista do espaço.
Apesar de, na maioria dos casos, a cosmonáutica mundial continuar a ser por enquanto uma profissão masculina, 55 mulheres participaram em voos espaciais nos últimos cinquenta anos, três entre elas cidadãs da União Soviética e da Rússia – Valentina Tereshkova, Svetlana Savitskaya e Elena Kondakova. Hoje, o destacamento de cosmonautas russo inclui duas mulheres: Elena Serova, cosmonauta investigadora, e Anna Kikina, candidata a cosmonauta.
As exigências são iguais, as mulheres não têm quaisquer vantagens. Só podem ser um pouco inferiores as exigências em relação à preparação física. Mas todos os outros exames e provas são iguais aos dos homens.
Contudo, as discussões sobre a racionalidade da presença feminina em órbita continuam. Alguns peritos consideram que a estada da mulher no espaço pode causar danos irreparáveis à sua saúde. Outros afirmam que, se a saúde e as qualidades pessoais satisfizerem as exigências profissionais, a mulher tem pleno direito de partir para o espaço. O principal não é o sexo dos cosmonautas, mas sim as tarefas concretas que eles cumprem, diz Vadim Guschin, colaborador científico do Instituto de Problemas Médicos e Biológicos da Academia de Ciências da Rússia:
“É necessário aproveitar os lados fortes de cada sexo e de cada pessoa concreta. O principal para a mulher não é cumprir perfeitamente um programa, mas escolher a "chave" para os tripulantes masculinos, encontrar uma linguagem comum, aprender a ser útil durante a missão.”
Em breve, os grupos de turistas espaciais podem ser integrados por mulheres. Possivelmente, a primeira será a conhecida cantora britânica Sarah Brightman, que no ano passado foi aprovada em exames médicos e fará um treinamento de seis meses na Rússia em 2014. Um outro turista espacial e multimilionário, Dennis Tito, decidiu enviar em 2018 uma nave espacial para Marte com um casal a bordo. Já são conhecidos os nomes dos candidatos – se trata dos cientistas Taber MacCallum, de 48 anos, e sua esposa Jane Pointer, de 50 anos.
Anastassia Kislyakova/VOR/UNOPress