São Paulo – Durante evento realizado hoje (30), em São Paulo, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Michelle Bachelet, do Chile, condenaram o golpe de Estado ocorrido em Honduras e pediram que o presidente deposto Manuel Zelaya seja restituído imediatamente ao poder.
“Condenamos, de forma enfática, o golpe contra o presidente Manuel Zelaya. Ressaltamos todos os esforços para que o presidente Zelaya volte ao seu país o quanto antes a fim de retomar o mandato que lhe foi outogardo pelo povo”, disse o presidente Lula, em seu discurso na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
“Brasil e Chile querem restabelecer a ordem democrática em Honduras, com a restituição do presidente Zelaya como presidente eleito”, disse Bachelet.
Os dois presidentes participaram de um evento no qual foram assinados seis protocolos de cooperação entre Brasil e Chile. Entre eles, um memorando de entendimento para estabelecimento de comissão bilateral entre os dois países.
Em seus discursos, Lula e Bachelet ressaltaram a importância do corredor rodoviário que ligará o Porto de Santos aos portos chilenos de Iquique e Arica, e que fará a conexão entre os oceanos Atlântico e Pacífico, passando pela Bolívia. E ressaltaram que a relação entre os dois países atravessa um período excepcional, o que os ajudará a enfrentar a crise econômica mundial.
“São muitas as oportunidades que se abrem para o Brasil e o Chile a partir da crise. Creio que existe um consenso internacional na ideia de que os dois países estão saindo fortalecidos da crise”, afirmou a presidente do Chile.
Bachelet também afirmou que o número de turistas brasileiros que visitam o Chile diminuiu por causa da crise econômica e da gripe suína e ressaltou que, a respeito da gripe, os brasileiros poderão voltar a visitar o país “tranquilamente” já que o governo chileno está empenhado na prevenção à doença.
Antes do evento, a presidente do Chile esteve reunida com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, num café da manhã. Durante o encontro, Bachelet disse ter conversado com a ministra sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Elaine Patricia Cruz/ABr