A espécie não é comum na região, mas migra desde a Antártica para o litoral nordeste brasileiro durante inverno e primavera para se reproduzir.
Florianópolis – Duas baleias jubarte foram encontradas encalhadas mortas na tarde desta sexta-feira. Uma delas na praia de Balneário Rincão e outra na praia de Ibiraquera (Imbituba). O Protocolo de Encalhes da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca/ICMBio e o Programa de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) foram acionados para atender as ocorrências. No dia 27 as equipes deslocaram-se até Balneário Rincão para avaliar o animal juvenil macho de 7,80 metros de comprimento. No sábado (28) pela manhã as equipes reuniram esforços para coletar amostras e buscar determinar a cauda da morte de outro juvenil macho de 8,48 metros de comprimento. Em ambos os casos não foram detectadas interações com petrechos de pesca e/ou colisão com embarcações, no entanto, apresentavam debilidade corporal e ausência de conteúdo estomacal. As análises laboratoriais poderão aprimorar o diagnóstico das mortes com maior precisão.
A baleia jubarte (Megaptera novaeangliae), é uma espécie que migra desde a Antártica para o litoral nordeste brasileiro durante inverno e primavera para se reproduzir. A ocorrência de encalhes desta espécie não é comum na região da APA da Baleia Franca, já que a migração ocorre longe da costa, mas em 2015 foi registrada uma ocorrência atípica de encalhes da espécie na região sul do Brasil.
Participaram desta ação o Projeto Baleia Franca, a Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC – Laguna e a APA da Baleia Franca/ICMBio. As equipes contaram com o apoio das Prefeituras de Imbituba e Balneário Rincão através das Secretarias de Obras, Turismo e Meio Ambiente para destinação adequada das carcaças dos animais.
A UNIVALI é a responsável pela coordenação e execução destas atividades junto a uma rede de instituições que atua ao longo do litoral. São elas: Associação R3 Animal, Instituto Argonauta, Instituto Gremar, Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC), Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Instituto Australis, Projeto Biopesca, e Fundação Pró-Tamar.
Outras informações sobre como ajudar
Em casos de encalhes de animais mortos
– Informe o local do encalhe e outras informações úteis a um dos membros do Protocolo (contatos abaixo);
– Evite se aproximar do animal sob risco de contaminação biológica;
Em caso de animais vivos
– Não tente devolver o animal para a água, pois pode ser perigoso;
– Obtenha fotografias do animal, possibilitando a identificação da espécie e documentação do caso.
– Evite respirar o ar expirado pelos animais;
– Não se aproxime da cauda. São animais grandes em situação de debilidade física, que podem se tornar ariscos com a aproximação de outros indivíduos e, assim, causar ferimentos.