Criciúma – Na estréia da modalidade das danças dos Jogos Abertos da Terceira Idade (Jasti), a Dança Popular foi o estilo escolhido. As apresentações foram marcadas pela alegria e disposição dos atletas da melhor idade. Os temas foram variados, danças culturais alemãs, italianas, espanholas e até indígenas foram apresentados. Além da dança polonesa, apresentada pela equipe de Criciúma/Afasc.
O primeiro lugar ficou com a cidade de Balneário Camboriú, que apresentou um número indígena. A cidade de Florianópolis ficou com a prata e Piratuba com o bronze. Criciúma ficou com o 7º lugar, com a sua típica dança polonesa do grupo de idosos da Afasc, do bairro Linha Batista.
Outras premiações foram realizadas na noite. Olguín Metz levou para casa o troféu de melhor coreógrafo pelas apresentações das cidades de Piratuba e Arabutã. O melhor figurino ficou com Fátima Folchini, de Balneário Camboriú.
Técnica e simpatia
Os jurados foram criteriosos na seleção. “Algumas pessoas pensam que por serem idosos eles são mais lentos e não tem o sincronismo necessário para fazer uma apresentação de dança digna de um campeonato”, afirmou o jurado especializado em danças populares, Marco Aurélio. Segundo ele, os Jasti são a prova de que a terceira é a melhor idade e também uma forma de as pessoas entenderem que eles são sim competitivos e dão o melhor de si nas apresentações. “Para nós a escolha é sempre difícil, pois levamos em consideração a composição coreógrafa, o figurino, a técnica corporal entre outros quesitos”, comentou Aurélio.
O coreógrafo Aleir Santos, da cidade de Lontras, disse que o importante é a amizade. “Apesar das limitações físicas o emocional faz com que eles consigam desenvolver os movimentos necessários. Eles têm uma persistência invejável e comparecem a todas as aulas sem falta, estão com a agenda cheia de apresentações marcadas com a nossa invernada”, afirmou Santos.
Com todas essas atividades cardiovasculares é preciso uma atenção especial com a saúde. Uma ambulância foi colocada à disposição do evento de forma preventiva. “Estamos aqui para medir a pressão, sempre acompanhando os atestados médicos que eles trazem consigo. Também colaboramos com medicamentos se necessário”, disse Adriana Boeira, enfermeira da Comissão Central Organizadora (CCO).
A presidente da Afasc, Bebel Búrigo, comenta que o resultado foi muito positivo. “Sabemos que eles deram o melhor deles e entraram na competição para se divertir. Amanhã temos mais dança e queremos a torcida de todos”, salientou a presidente.
Os Jasti são uma realização da Fundação Catarinense de Esportes (Fesporte), Fundação Municipal de Esportes (FME) e conta com o apoio da Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc).
Foto © Neka Dal Pont
Susane Meireles
UNOPressPress