Durante mais quatro anos, o Brasil continuará sendo o país a ser batido nos Jogos da Lusofonia. O fim da segunda edição, em Lisboa 2009, neste domingo, dia 19, confirmou o Time Brasil à frente dos outros 11 países do mundo lusofônico no quadro geral de medalhas. Em Portugal, o Time Brasil obteve 75 medalhas (33 medalhas de ouro, 22 medalhas de prata e 20 de bronze), contra 71 (25 de ouro, 33 de prata e 13 de bronze) conquistadas pelos anfitriões. Foram 18 medalhas a mais que em Macau 2006 (29 de ouro, 19 de prata e 9 de bronze). No último dia de competições, os brasileiros conquistaram sua última medalha de ouro, com Lili e Luana, uma de prata, com Jan e Thiago e duas de bronze (com Fabi e Taiana e Pará e Bernardo) no vôlei de praia, uma de prata, do time feminino de basquete e mais duas na corrida de 10km em estrada Daniel Silva e Adriana Silva (prata, no masculino e bronze, no feminino). A sede da terceira de edição do maior evento multiesportivo para países de língua portuguesa acontecerá em Goa, na Índia, em 2013.
Bicampeã dos Jogos da Lusofonia, a capixaba Lili estava mais que orgulhosa por ter conseguido o segundo título, e, desta vez, com uma parceira diferente (em Macau 2006 foi campeã ao lado de Camilinha). Na final, ela e Luana venceram as portuguesas Rosa Costa e Ana Feches, por 2 a 0 (21/6 e 21/12), na Praia de Santo Amaro de Oeiras. Após receber no pódio as medalhas do chefe da Missão Brasileira, Bernard Rajzman, Lili festejou, mas anunciou que a dupla não terá tempo para descanso. "Esta é a minha primeira conquista em Portugal. Cheguei com o pé direito. Eu e a Luana estamos muito felizes, pois conseguimos fazer um bom torneio. Agora, vamos continuar na Europa para fazer competições na França. Antes da Lusofonia fomos campeãs por lá. Vamos jogar na Suíça e, se der, vamos passar pela Áustria também", revelou, a bicampeã, de apenas 21 anos, que é um dos frutos do trabalho de base feito no Centro de Treinamento e Desenvolvimento da CBV, em Saquarema.
A medalha de bronze foi um presente para o esforço de Pará e Bernardo, que venceram Miguel Maia e João Brenha por 2 a 0 (21/18 e 21/16). A dupla que abdicou de participar da semifinal contra os outros brasileiros devido ao problema físico de Pará, foi feliz em acreditar na recuperação do atleta. A conquista do terceiro lugar e a escolha como porta bandeira na Cerimônia de Encerramento espantaram as dores de Pará para bem longe. "A participação do Departamento Médico do COB nesta conquista foi decisiva. Depois do tratamento que recebi, mudei da água para o vinho. Terminar o torneio com uma vitória, uma medalha, e, ainda por cima, ser o porta bandeira no encerramento são um prêmio. Já posso dizer que vivi de tudo no esporte", disse Pará.
Também em Oeiras, a prata de Daniel Silva (30m30s) e o bronze de Adriana Silva impediram a festa completa dos portugueses nas duas provas de longa distância, vencidas por Rui Pedro Silva (30m14s) e Fernanda Ribeiro (32m49s). À exceção dos dois brasileiros, os pódios foram compostos unicamente por portugueses.
Outra participação relevante foi a da equipe feminina sub-19 de basquete. No Hockey Club de Sintra, as meninas treinadas por Luiz Cláudio Tarallo chegaram ao honroso vice-campeonato, após a derrota para Portugal (57 a 47). Elas enfrentarem equipes adultas durante toda a competição e mostraram qualidades. Com as bênçãos de Hotência, atual diretora da CBB e do subchefe da Missão, Paulinho Villas Bôas, a equipe recebeu as medalhas de prata e viajou após a final para a Tailândia, onde disputam o Mundial da categoria.
"Foi bom para a nossa preparação termos participado destes Jogos, apesar da derrota. Na final, elas (portuguesas) erraram menos e ficaram com o título. Agora é pensar no Mundial, pois teremos adversárias duras pela frente, como Lituânia e República Tcheca", avaliou a armadora da equipe, Débora, de 17 anos, fã de Adrianinha.
Em Almada, a equipe masculina de basquete disputou a medalha de bronze com os portugueses e perdeu por 95 a 71, ficando em quarto lugar no torneio.
"A meta traçada para os II Jogos da Lusofonia foi alcançada. Tivemos êxito em diversas modalidades, apresentamos novos valores do nosso esporte e continuamos na liderança do quadro de medalhas da competição. Em Lisboa 2009, pudemos reforçar os laços entre os países participantes e comprovar que o evento está consolidado como a maior celebração multiesportiva para os países de língua portuguesa. Portugal, que tão bem nos acolheu deixará grandes lembranças para os atletas e para a Chefia da Missão. Nosso pensamento agora já está voltado para os Jogos Sul-americanos Medellín 2010, nosso próximo passo na preparação até Londres 2012", finalizou Bernard Rajzman.
Fonte: Assessoría de Imprensa