Xanxerê – Em apenas um mês foi observado que a campanha em Xanxerê recebeu aprovação de 90% da população e refletiu na diminuição da distribuição de sacolas plásticas de um milhão para cem mil.
Depois de pouco mais de um mês em que a cidade de Xanxerê aderiu a campanha das sacolas ecológicas, representantes da Câmara de Vereadores, da Agenda 21, Secretaria estadual de Educação, ACIX, CDL, UXAM, SESC, Teatro Excelsior e supermercadistas do município se reuniram no Procon para esclarecer e debater idéias sobre o uso das sacolas ecológicas.
O encontro, mediado pela promotora Amélia Regina da Silva e promotor Rafael Moser enfatizou que a iniciativa da campanha visa a preservação do meio ambiente, substituindo sacolas plásticas por sacolas ecológicas, para diminuir o impacto ambiental causado pelo plástico.
Na reunião foi observado que a campanha em Xanxerê recebeu aprovação de 90% da população e refletiu na diminuição da distribuição de sacolas plásticas de um milhão para cem mil, em apenas um mês.
A repercussão da iniciativa dos supermercadistas foi nacional, sendo que vários municípios já se manifestaram a favor da implantação da campanha. O projeto de Xanxerê foi enviado para a Bahia, Diadema (SP) e Blumenau (SC).
Outro ponto levado em consideração foi com relação ao gasto da campanha de conscientização, arcado por um grupo de supermercadistas e gerado em torno de quarenta e três mil reais, sendo que a Prefeitura Municipal participou apenas com a elaboração do projeto e divulgação nas escolas.
Ressaltou-se ainda que a campanha das sacolas ecológicas teve início há cinco meses sendo concretizada somente em abril deste ano. Ao todo 27 supermercados da cidade aderiram a campanha.
Foi esclarecido também que as sacolas ecológicas são vendidas aos consumidores pelo preço de custo, sendo assim, os donos dos supermercados não obtêm lucro. O Procon informou que o fornecimento gratuito de sacolas plásticas ao consumidor não é obrigação dos supermercadistas, que são responsáveis somente pela forma de transporte dos produtos até o caixa, cabe ao consumidor a responsabilidade do carregamento após a compra.
Informou-se, ainda que há vários tipos de sacolas, oferecendo alternativas ao consumidor que ainda pode utilizar qualquer tipo de sacola ou embalagem que tenha em casa. As sacolas de TNT, colocadas a venda recentemente pelo preço de 1,99, são fabricadas pelo Instituto Reviver, fazendo com que a campanha de sacolas ecológicas mantenha o cunho social.
Além disso, existem iniciativas de confecção de sacolas retornáveis sem custo. Um exemplo disso é a empresa RAFITEC, que através do presidente da Associação de Moradores do Bairro Vista Alegre, repassou matéria – prima para a produção de 1.500 sacolas, que serão confeccionadas e doadas a população mais carente.
O SESC e o Fórum Permanente da Agenda 21 se comprometeram em pagar a confecção de mais algumas centenas de sacolas, que serão distribuídas gratuitamente.
Outra questão levantada e esclarecida foi com relação as sacolas oxibiodegradáveis, que estão sendo proibidas, pois são produzidas com produtos químico que prejudicam o meio ambiente, além de terem um custo mais elevado.
Outro ponto questionado na reunião foi o aumento do uso de sacos de lixo que são plásticos também. Foi esclarecido que os sacos de lixo são derivados de material reciclado, e as sacolas plásticas são feitas de polietileno derivado de petróleo bem não renovável.
Para finalizar foi acentuado que o uso de sacolas retornáveis não é somente uma campanha para manter um ambiente mais saudável e sim uma iniciativa para tornar o consumo mais consciente.
Fonte:Ana Elise Zogheib – Assessoria de Imprensa.