Joinville – A nadadora joinvilense Carolina Bergamaschi (Associação Joinvilense de Natação/Felej) viaja nesta sexta-feira (15) para o Rio de Janeiro. A partir de sábado ela inicia sua participação no Troféu Maria Lenk de Natação, última seletiva para os Jogos Rio 2016. No Parque Aquático Olímpico, a joinvilense nadará a prova dos 50 metros livres, 100 metros livres e 100 metros peito.
Ao deixar a piscina do Joinville Tênis Clube na manhã de quinta-feira, Carolina tinha uma certeza: ela e o técnico Ricardo Carvalho fizeram tudo o que poderia ser feito para lutar pelo sonho de disputar as Olimpíadas do Rio.
“Estou no meu melhor momento, tanto fisicamente quanto psicologicamente”, avalia a atleta. O treinador concorda: “Ela está muito bem preparada e até surpresa com os resultados desses dois meses de trabalho”, acrescenta.
O otimismo com o bom momento dos treinos não esconde a realidade: a conquista da vaga olímpica será uma tarefa extremamente difícil. A estratégia é nadar os 100 metros peito para se adaptar ao ritmo da competição e à piscina e buscar índice nos 50 e 100 metros livres. “As chances são maiores nos 100 metros porque pode ter mais duas ou até três vagas para o revezamento”, informa o treinador.
Carolina passou quase todo o ano de 2015 cuidando da gestação do filho Nicolas, que nasceu em julho. O ritmo forte de treinos só voltou no início de 2016, com duas horas diárias de piscina de segunda a sábado e mais algum reforço em outros dias. Mesmo sabendo das dificuldades, ela promete lutar pelo sonho: “O esporte é feito de tentativas e eu vou fazer a minha. Pior teria sido se não tivesse tentado”, comenta.
Nos 50 metros livre – a prova mais rápida da natação feminina – o índice para ir às Olimpíadas é de 25s28. Esse foi o tempo registrado para ser, no mínimo, semifinalista na última edição dos Jogos, em Londres. Em 2013, Bergamaschi registrou a marca de 25s55. Em 2014, seu melhor tempo foi 26s11.
A atleta lembra que ainda é jovem (completará 22 anos em maio) e que tem um ciclo olímpico pela frente, além de mundiais e outras competições internacionais. “O que vier será lucro”, reforça Ricardo Carvalho.
No Rio, Carolina terá a torcida do filho Nicolas, de nove meses, da mãe Cristina, ex-jogadora de basquete, e da madrinha do filho.
Troféu Maria Lenk
A competição também terá a presença de atletas de 11 países, além de observadores de comitês olímpicos e de mídia local e internacional. Por questões estruturais, o evento, que também servirá para teste de operações e tecnologia, não será aberto ao público, mas apenas para convidados das entidades envolvidas e atletas.
Dos 11 países – Argentina, Canadá, Chile, China, Eslováquia, Finlândia, Japão, Paraguai, República Tcheca, Ucrânia e Uruguai – virão 57 atletas estrangeiros.
Entre os brasileiros serão 58 clubes de 12 Estados, com 356 atletas (Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo).
A maior delegação é do Pinheiros/SP, com 50 atletas, seguido por Unisanta (35) e Minas Tênis (33). E ainda tem o Comitê Paralímpico Brasileiro, com três nadadores na competição: André Brasil, Carlos Farremberg e Phelipe Rodrigues.
Wagner Baggio
UNOPress