Joinville – O Ciclo de cinema deste mês começa com a exibição de “Stonewall – a luta pelo direito de amar” nesta sexta-feira (05). No sábado (06/06) a sala de cinema recebe a produção alemã “Tempestade de verão”. O tema de junho vai tratar da “Diversidade – expressões do livre afeto”, que acompanha a programação da Semana da Diversidade Joinville, realizada com ampla programação cultural gratuita de 21 a 28 de junho.
Na seleção de filmes do Ciclo de Cinema, produções americanas, israelenses e espanholas, do drama à comédia. A película “Stonewall” de 1995 retrata o início do movimento em 28 de junho de 1969. As sessões começam sempre às 19 horas na sala de cinema da Cidadela Cultural. O evento é aberto ao público em geral e gratuito. O foco das exibições do Ciclo é o público adulto.
Sinopse dos filmes:
Stonewall – a luta pelo direito de amar (Stonewall)
Drama histórico / comédia. EUA, 1995, 110 min. Direção de Nigel Finch.
Quem poderia ter adivinhado que um punhado de homens transvestidos dariam o derradeiro impulso ao movimento para ganhar a igualdade de direitos para homossexuais e lésbicas? Certamente não a polícia que invadiu o Stonewall Inn, um popular bar “drag” em Greenwich Village. Depois de uma longa história de rusgas policiais, extorsão e brutalidade, um grupo de drag queens em Stonewall decide que estão fartos e começam a revolta quando a polícia tenta colocá-los num paddywagon (caminhão da polícia). Contado por “La Miranda”, um cliente regular no Stonewall Inn, o filme é uma nova versão dos acontecimentos que levaram ao dia fatídico em 1969.
Tempestade de verão (Sommersturm)
Drama. Alemanha, 2004, 94 min. Direção de Marco Kreuzpaintner.
Tobi e Achim são companheiros há anos. Como timoneiro e remador, eles levaram a equipe de seu clube de remo a ganhar vários troféus e agora se preparam para participar de uma importante regata no interior da Alemanha. Mas, a viagem não é apenas um acampamento de verão e os problemas logo aparecem. Como a relação de Achim com a namoradinha Sandra, que também pertence à equipe, torna-se cada vez mais séria, Tobi começa a perceber que seus sentimentos por Achim são muito mais profundos do que ele próprio gostaria de admitir. Sente-se confuso, incerto sobre si mesmo e cada vez mais abandonado pelo amigo e pelo time. Quando a melhor amiga de Sandra, Anke, manifesta interesse por ele, a ansiedade de Tobi cresce ainda mais.
Então, chega a notícia de que o tão esperado time feminino de Berlim é substituído por uma equipe de jovens gays atléticos e descolados. Tobi e seus colegas são subitamente forçados a lidar com seus preconceitos, seus temores e, talvez, seus desejos ocultos. À medida que cresce a tensão, Tobi, Achim e os outros preparam-se para um confronto tão poderoso e liberador como uma tempestade de verão que se abate sobre o lago. E Tobi descobre que precisa enfrentar alguns sobre si mesmo com que ele antes jamais se defrontara.
Por diversidade cultural a Unesco entende as manifestações de todos os grupos e indivíduos em coletividade. À possibilidade da convivência, no mundo contemporâneo, das diferentes etnias, das diferentes tradições, das diversas sexualidades, das crenças distintas é que se aplicou o rótulo de diversidade cultural. O reconhecimento da diversidade só acontece por meio da ruptura com o pensamento único e com a cultura patriarcal conservadora, segundo a qual a autoridade impõe a norma que todos, indistintamente, devem acatar. No campo das relações amorosas, essa ruptura tem sido possível graças à batalha de indivíduos e grupos que ousaram exercer o direito inalienável da liberdade afetiva. O Ciclo de Cinema deste mês de junho tenta captar, numa difícil seleção de 10 entre mais de 300 importantes e respeitáveis filmes que tratam da diversidade sexual, as dores e alegrias dessa batalha cotidiana.