O stress crônico (stress) causa infarto (ataque cardíaco) e derrames (AVC). O estresse provoca a superprodução de glóbulos brancos – que combatem as doenças – que podem ser prejudiciais em excesso.
O estresse crônico, uma realidade cada vez mais prevalente em nossa sociedade moderna, transcende o mero incômodo e configura-se como um fator de risco significativo para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, incluindo infarto e AVC.
Este artigo aprofunda-se na complexa relação entre estresse e saúde cardiovascular, examinando os mecanismos fisiológicos subjacentes, as evidências científicas relevantes e as estratégias eficazes para o gerenciamento do estresse.
Seu ambiente de trabalho é considerado um modelo para exposição ao stress crônico, dado o ritmo rápido e a pesada responsabilidade que carregam para decisões de vida ou morte numa empresa. Comparando as amostras de sangue colhidas durante as horas de trabalho e de folga, bem como os resultados de questionários de percepção de stress, os pesquisadores descobriram uma ligação entre estresse e sistema imunológico.
Quem não ouviu a frase: “Calma ou você vai acabar infartando“. Sabia que o stress crônico provocado pelo trabalho, vida financeira ou por um relacionamento complicado aumenta o risco de um ataque cardíaco (infarto) ou AVC.
Efeitos Insidiosos do Estresse
O estresse crônico desencadeia uma resposta fisiológica complexa que resulta na superprodução de glóbulos brancos. Embora estas células sejam cruciais para o combate a infecções e doenças, sua presença em excesso pode ser prejudicial. Essa saturação de glóbulos brancos pode:
- Adesão às paredes arteriais: Ocorre a aderência de glóbulos brancos às paredes das artérias, levando à restrição do fluxo sanguíneo e ao aumento da formação de coágulos. Estes coágulos podem bloquear a circulação sanguínea ou se romper e viajar para outras partes do corpo, com potencial para causar eventos cardiovasculares graves.
- Aceleração da aterosclerose: O estresse crônico contribui para a aterosclerose, um processo caracterizado pelo espessamento das paredes arteriais devido ao acúmulo de placa bacteriana. Essa condição aumenta significativamente o risco de infarto e AVC.
O estresse pode fazer com que o coração trabalhe mais, aumentar a pressão arterial e aumentar os níveis de açúcar e gordura no sangue. Essas coisas, por sua vez, podem aumentar o risco de formação de coágulos e viajar até o coração ou cérebro, causando um infarto (ataque cardíaco) ou AVC (derrame).
Evidências Científicas Robustas
Existem ligações inegáveis entre doenças cardíacas, (avc) derrame e o stress. Doença cardíaca, acidente vascular cerebral e estresse.
- Estudo com médicos residentes: Uma investigação envolvendo médicos residentes, que frequentemente experimentam níveis elevados de estresse, revelou uma correlação entre o estresse e a atividade do sistema imunológico. O estresse ativa as células-tronco da medula óssea, levando à superprodução de glóbulos brancos que se acumulam nas artérias e impulsionam o crescimento das placas ateroscleróticas.
- Estudo com ratos: Um estudo com ratos submetidos a diferentes níveis de estresse evidenciou um aumento significativo de glóbulos brancos nas artérias, intensificando o crescimento das placas e elevando o risco de infarto e AVC.
Sinais de Alerta para Doenças Cardíacas
- Falta de ar (Dispneia): Falta de ar ou dificuldade para respirar, podendo ser um sintoma de diversas condições cardíacas, incluindo insuficiência cardíaca e infarto. É também um sinal de alerta de infarto.
Dificuldade respiratória durante o exercício ou qualquer outro esforço físico pode indicar um problema com as válvulas cardíacas. Mas também pode ser devido a inflamação e enfraquecimento do músculo cardíaco (cardiomiopatia) o que resulta em contração indevida.
- Angina (Dor no peito): Dor no peito, geralmente descrita como pressão, aperto ou queimação, que pode ser um sinal de isquemia cardíaca ou infarto. Em alguns casos, a dor no peito está associada com a inflamação do tecido que cobre o coração (pericárdio).
O tipo e a duração da dor no peito também é um indicativo da doença cardíaca subjacente. A dor pode ser descrita como de curto prazo, constante, esfaqueamento ou afiada. Ela pode durar alguns segundos ou por horas a fio.
- Edema (Inchaço nos pés): Inchaço nos pés, tornozelos e pernas, frequentemente associado à insuficiência cardíaca congestiva, uma condição na qual o coração é incapaz de bombear sangue de forma eficiente.
A capacidade de bombeamento de sangue do coração diminui. Isso afeta os rins que respondem por reter mais líquido no corpo. O fluido acumula-se, em seguida, nos pés e outras partes do corpo.
Gerenciamento Eficaz do Estresse para a Proteção da Saúde
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Reconhecimento dos Sinais de Estresse: É fundamental prestar atenção aos pensamentos, sentimentos e reações para identificar quando o estresse está presente.
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Identificação dos Fatores Estressores: Uma análise profunda das situações e eventos que provocam estresse em sua vida é crucial para o desenvolvimento de estratégias de gerenciamento eficazes.
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Implementação de Medidas Eficazes para Lidar com o Estresse:
- Técnicas de Relaxamento: A prática regular de meditação, yoga, respiração profunda, exercícios físicos e hobbies relaxantes pode contribuir significativamente para a redução do estresse.
- Modificações no Estilo de Vida: A adoção de uma alimentação saudável, sono regular, organização do tempo e atividades prazerosas são medidas importantes para o bem-estar geral e o controle do estresse.
- Apoio Profissional: Buscar ajuda de psicólogos ou outros profissionais de saúde mental pode ser crucial para o desenvolvimento de estratégias personalizadas de gerenciamento do estresse, especialmente em casos mais desafiadores.
Uma pessoa que vive muito estressada pode ter dificuldade de levar um estilo de vida saudável. Em vez de usar o exercício físico para aliviar o estresse, a pessoa acaba comendo demais alimentos não saudáveis, bebendo bebida alcoólica ou fumando demais. Esses comportamentos, por sua vez, podem aumentar o risco de desenvolver doenças cardíacas (infarto) e AVC (derrames).
O que é um estressor?
Situações que provocam estresse são chamadas de estressores. Eles estão ao nosso redor, quase o tempo todo.
Os estressores podem ser eventos importantes, como: perder um ente querido, mudar de emprego, perder um emprego.
Os estressores podem ser eventos rotineiros, como: engarrafamentos, pressões de trabalho, responsabilidades familiares.
Os estressores podem ser eventos contínuos, como: não conseguir encontrar um emprego, não ser capaz de encontrar uma casa acessível.
Se o seu stress não desaparecer, ele pode se tornar crônico. Seu corpo precisará de mais energia do que pode produzir e você poderá desenvolver uma doença grave, como:
doença cardíaca
AVC
pressão alta
doença mental.
Ou, você pode ter sintomas como:
insônia (dificuldade para dormir)
erros de julgamento
mudanças de personalidade.
Conclusão:
O estresse crônico representa uma ameaça real à saúde cardiovascular. No entanto, ao compreender os mecanismos fisiológicos subjacentes e as medidas eficazes de gerenciamento, você pode tomar o controle de sua saúde e reduzir significativamente o risco de infarto e AVC. Priorizar o bem-estar mental e físico é fundamental para uma vida longa e saudável.
Fontes:
https://www.science.org/content/article/how-stress-can-clog-your-arteries
https://www.heartandstroke.ca/healthy-living/reduce-stress/stress-basics
https://www.heartandstroke.ca/healthy-living/reduce-stress/
https://www.thehealthsite.com
Mauro Queiroz/ai/UNO
