Brasília – Apesar de já ser adotada no Brasil há alguns anos, a classificação indicativa ainda não é bem aceita pelos veículos de comunicação. Há ainda, segundo especialistas, os que compreendem o processo de indicação de faixa etária como uma espécie de censura à liberdade de expressão. A avaliação foi feita hoje (27), durante o 1º Seminário Internacional da Classificação Indicativa, realizado em Brasiília.
A classificação indicativa, prevista na Portaria 1220/07 do Ministério da Justiça, estipula a vinculação entre faixa etária e horário de veiculação dos programas na TV.
O responsável pela campanha “Quem financia a baixaria é contra a cidadania”, Ricardo Vist, enfatizou que os veículos de comunicação não dão a devida importância à classificação indicativa. Segundo ele, é necessário que penas mais rigorosas sejam impostas a quem não cumpre as determinações de classificação indicativa. Vist disse ainda que não há motivos para que o projeto de classificação seja visto como uma espécie de censura. “A liberdade de expressão não pode violar os direitos humanos.”
De acordo com o representante do Conselho Nacional de Psicologia, Ricardo Moretzon, para que a classificação indicativa seja aceita por todos é necessário que haja uma forma específica de discutir direitos humanos na comunicação. “É necessário que todos entendam que este tipo de controle social não pode ser definido como censura”, garantiu.
Fonte: ABr