Alto Consumo de Carne Pode Aumentar Risco de Morte Precoce e Câncer

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Um estudo recente realizado com milhares de homens e mulheres com 50 anos ou mais revelou que aqueles que consumiram mais proteína animal (carne) tiveram um risco quase duas vezes maior de morte precoce em comparação com aqueles que ingeriram quantidades baixas. A pesquisa também apontou um aumento de quatro vezes na probabilidade de morte por câncer, um índice comparável ao causado pelo tabagismo.

Os resultados indicam que aqueles que consumiram mais carne, queijo, ovos e outros produtos de origem animal tiveram quase o dobro da chance de morrer mais cedo do que aqueles que ingeriram quantidades menores. Mais assustador ainda, o risco de morte por câncer entre os maiores consumidores de proteína animal foi quatro vezes maior, comparável ao risco causado pelo tabagismo.

Os pesquisadores atribuem esses efeitos nocivos à capacidade da proteína animal de alimentar tumores cancerígenos e acelerar o envelhecimento das células do corpo. Diante disso, eles recomendam que pessoas entre 50 e 65 anos reduzam o consumo desses alimentos e optem por fontes alternativas de proteína, como peixes, feijões e lentilhas.

Para os adeptos de dietas ricas em proteínas como Atkins e Dukan, as notícias podem ser alarmantes. No entanto, o estudo oferece um alento: após os 65 anos, o consumo moderado de proteína animal volta a ser benéfico.

Outros especialistas, no entanto, reforçam a importância de um estilo de vida saudável para prevenir o câncer, incluindo evitar o tabagismo, manter um peso adequado, consumir bebidas alcoólicas com moderação e praticar atividade física regularmente.

Embora o estudo lance luz sobre os perigos do consumo excessivo de carne vermelha e processada, é importante considerar as seguintes nuances:

– Quantidade ideal de proteína: A pesquisa do governo dos EUA sugere que uma dieta rica em proteínas, definida como aquela em que pelo menos 20% das calorias vêm de proteínas, está associada a um aumento do risco de morte prematura. Já quantidades moderadas (10% a 19% das calorias) também mostraram ser perigosas, especialmente para o desenvolvimento de câncer.

– Proteína e diabetes: Estudos publicados na revista Cell Metabolism também associam o alto consumo de proteína ao risco de morte por diabetes.

– Fatores individuais: A relação entre proteína e saúde pode variar de acordo com diversos fatores individuais, como genética, histórico de saúde e estilo de vida em geral.

– Recomendações por faixa etária: O Professor Valter Longo da University of Southern California sugere que:

A recomendação para aqueles que estão em seus 50 anos e início dos 60 anos devam reduzir a proteína animal e obter proteína de peixes, feijões e lentilhas.

Os resultados são de causar terror em pessoas que fazem as populares dietas a base de proteínas tais como Atkins e Dukan.

No entanto, a boa notícia é que as restrições não duram para sempre – como o estudo também mostrou comer animal proteína foi benéfico para pessoas com mais de 65 anos. Em outras palavras você pode desfrutar da carne na aposentadoria.

Já para aqueles com mais de 65 anos, o consumo moderado de proteína foi benéfico, com um risco 28% menor de morte durante o estudo para aqueles que ingeriram mais proteína. Essa diferença se deve à dificuldade do corpo mais velho em absorver proteínas, necessitando de maior quantidade para evitar a fragilidade. Nessa faixa etária, os níveis do hormônio IGF1 também diminuem naturalmente.

Diante disso, o Professor Longo recomenda que os aposentados consumam 0,55 g de proteína por kg de peso corporal por dia.

É importante frisar que mudanças drásticas que levem à perda de peso ou desnutrição não são recomendadas.

É fundamental consultar um profissional de saúde para obter orientação individualizada sobre o consumo de proteínas e a criação de um plano alimentar adequado às suas necessidades.

Fonte: https://www.sciencedaily.com/releases/2014/03/140304125639.htm
por Mauro Queiroz/UNOPress

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