Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que Copenhague “não vai resultar em um acordo com o qual nós todos sonhamos”. Apesar da frase, ele ainda está otimista sobre a conferência climática das Nações Unidas, que acontece em 17 e 18 de dezembro. Lula também disse que quer mostrar durante sua visita à Alemanha e em sua reunião com empresários “quais chances existem para investimentos, para novas parcerias” no Brasil.
A Federação da Indústria Alemã BDI afirmou que o país, que é o parceiro econômico mais importante do Brasil na União Europeia, vê boas oportunidades para aumentar sua posição em solo brasileiro. A Alemanha planeja investir mais de 200 bilhões de euros (US$ 301,7 bilhões) em projetos de infraestrutura, grande parte para preparar o Brasil para eventos esportivos.
“Nós queremos cooperar economicamente na extensão de produtos de infraestrutura”, disse a chanceler alemã, Angela Merkel, em coletiva de imprensa conjunta com Lula após conversas bilaterais entre os dois líderes em Berlim. Merkel também afirmou que quer que as negociações climáticas em Copenhague terminem com um “acordo político que irá, então, ser desenvolvido em termos legais”. Para ela, uma contribuição de todos os países é necessária, porque limitar o aquecimento global a 2% não será possível para nações industriais sozinhas.
Ao mesmo tempo, porém, as nações industriais as nações industriais devem se comprometer a ajudar as nações em desenvolvimento a financiar os custos que surgirem da luta contra o aquecimento global, segundo a chanceler.
O presidente Lula almoçou com líderes de negócios da Alemanha e do Brasil, incluindo os executivos-chefes da ThyssenKrupp, Ekkehard Schulz, da SAP, Leo Apotheker, da Fraport, Stefan Schulte, da Siemens, Peter Loescher, e da Celesio, Fritz Oesterle. Stefan Zoller, membro do comitê executivo da European Aeronautic defence & Space Co. (EADS, controladora da Airbus) também estava presente.Entre os empresários brasileiros que participaram do almoço estavam Frederico Curado, presidente da Embraer e Carlos Bizzo Lima, gerente geral da divisão europeia do Banco do Brasil. As informações são da Dow Jones.
AE