Brasília – A crise econômica foi um fato positivo para a redução do desmatamento na Amazônia, na opinião do pesquisador da organização não governamental (ONG) Instituto Socioambiental (ISA), Arnaldo Carneiro Filho.
“A crise econômica influenciou na queda da demanda internacional de carne e soja, por exemplo, o que acabou reduzindo todo o processo de expansão na região. Porque o que vem de fato controlando a curva do desmatamento é a demanda. Quanto maior a demanda, maior o desmatamento”.
Para Carneiro Filho, autor do Atlas De Pressões E Ameaças Às Terras Indígenas Na Amazônia Brasileira, lançado hoje na sede da ONG, não há muito o que comemorar esse resultado. Segundo ele, ainda há uma série de pressões causando impactos socioambientais nos territórios indígenas da região amazônica.
Ele explicou que o estudo chama a atenção para as pressões socioambientais na Amazônia, que vão muito além do desmatamento. Segundo ele, os índices de desmatamento têm diminuído, mas há uma série de condições desfavoráveis aos territórios indígenas, como a expansão de infra-estrutura, a expansão hidrelétrica, a exploração ilegal de madeira e minérios.
Na opinião do pesquisador, a intenção do ISA ao criar o atlas foi gerar um produto que de fácil acesso e leitura, que atenda um público amplo, já que ele ilustra não só questões dos territórios indígenas, mas de toda a Amazônia Legal.
ABr