Piçarras – Os professores do ensino fundamental da rede escolar de Balneário Piçarras participaram nos dias 03 e 04 de um curso de qualificação para que adotem em suas prática pedagógicas o "Método das Boquinhas". A fonoaudióloga paulista Renata Jardini, apresentou aos educadores os conceitos do método, que foi desenvolvido por ela para auxiliar na alfabetização de crianças com dislexia e dificuldades de aprendizagem, mas que pode ser utilizado nas turmas regulares.
O "Método das Boquinhas" foi adotado em caráter experimental há quatro meses pelo Serviço Especializado de Apoio Pedagógico (Seap), da Secretaria Municipal da Educação. Nas turmas de reforço escolar em que a prática foi implantada os professores perceberam avanços na alfabetização dos alunos. "Nós temos acompanhado a evolução das turmas através de avaliações e relatórios de atividades e os resultados empolgaram os professores", explica a coordenadora do Seap, Jussander de Borba.
Com a qualificação dos professores de toda a rede, a expectativa do Seap é de que o método comesse a ser utilizado em toda a rede municipal de ensino. "Não será uma coisa imposta. Queremos que seja para mais uma ferramenta para facilitar a compreensão dos alunos e uma alternativa aos métodos empregados por cada professor", afirma a secretária da educação Ireli Vieira dos Santos.
No Centro Integrado de Ensino Fundamental, o Cief, o projeto iniciou com 53 alunos e teve 12 desistências. "Falta incentivo por parte dos pais, muitas crianças alegam ter de cuidar dos irmãos menores, cuidar da casa, outros não vem por falta de interesse", avalia a professora Albertina Aparecida Schimitd Bonato, uma das entusiastas do Método das Boquihas.
De acordo com Albertina, cada criança responde de uma maneira e, por isso, o método precisa ser direcionado para cada etapa da alfabetização. Ela garante que a nova prática promove um entrosamento maior entre aluno e professor. "Adorei. Tive respostas rápidas com muitas crianças, fizemos muitas atividades que motivaram os alunos", afirma.
Método das Boquinhas
Desenvolvido pela fonoaudióloga paulista Renata Jardini, o método será inserido pela primeira vez em uma rede municipal de ensino de Santa Catarina, mas já é utilizado em várias regiões do país. "No Paraná, por exemplo, todas as Apaes do estado adotaram", explica Renata. Com trinta anos de experiência, ela trabalha com crianças disléxicas e também tem um filho portador do distúrbio.
A nova prática educacional leva os alunos a compreender a escrita através de sons, imagens e exercícios de articulação. Além de facilitar o aprendizado, a iniciativa vem promovendo mudanças de comportamento em muitas crianças. "Alguns alunos com dificuldade de relacionamento estão mais participativos e inseridos no cotidiano da escola", avalia a professora Albertina.
Fonte: Assessoría de Imprensa