Deputado cobra a atenção aos Centro de Atendimento Socioeducativo

Florianópolis – O deputado estadual Dr. Vicente Caropreso usou a palavra na sessão desta terça-feira (05/07), na Assembleia Legislativa, para destacar, mas uma vez, a fragilidade do Sistema Socioeducativo catarinense. Disse que novamente a falta de estrutura do Sistema foi evidenciada através das linhas de um jornal de grande circulação em Santa Catarina. “A descrição preocupa! Agentes rendidos, fugas, buracos nas paredes, falta de funcionários e espaço ocioso. Essa é a realidade do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de São José, o antigo São Lucas, nas margens da BR-101”, ressaltou o parlamentar.

O Case foi inaugurado em 2014 com investimentos de R$ 14 milhões pela Secretaria da Justiça e Cidadania. No ato foi considerado uma nova era no atendimento para infratores. “Até agora não mostrou a que veio”, afirmou.

Segundo Caropreso, o mais grave ainda é que nos bastidores comenta-se que chega a 300 o número de adolescentes com medidas aplicadas à espera de internação no Estado. “Durante 2015 percorri como Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes os centros de internação definitiva e provisória de Santa Catarina. E foi constatado in loco o descaso do Governo nestas instituições”, destacou.

Com estruturas subutilizadas, falta de profissionais e de atendimento especializados, a situação é apenas a ponta do iceberg que ameaça a ressocialização de centenas de jovens catarinenses. “A adolescência é um período conturbado e confuso na mente do jovem que busca a autoafirmação pessoal. Atenção especial deve ser dada quando o adolescente está envolvido com atos infracionais”, salientou.

“Vivemos uma época crucial da vida política brasileira. É conhecimento de todos a crise econômica e institucional que nosso país enfrenta. É importante, neste momento, dispensar atenção especial a juventude. Neste sentido, a educação aparece como mecanismo real de proteção integral à criança e ao adolescente desde que os investimentos necessários sejam feitos”, exaltou.

Ricardo Portelinha
ai/UNO

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