Laguna – Carmen Dagostin de Souza, moradora do Bananal, em Laguna, dona de casa, Crislaine Freitas Torquato, representante do Sertão da Estiva, Pescaria Brava, cuidadora. Dezenas de mulheres foram atendidas em um ambiente especial montado no Centro Histórico da Cidade Juliana em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.
A ação teve iniciativa da Fundação Irmã Vera, parceria das secretarias de Saúde e de Assistência Social, e do Serviço Social do Comércio (Sesc), além da colaboração de várias outras instituições e voluntários. Uma série de atividades e serviços gratuitos foi organizada das 9 às 17h. As visitantes puderam participar de momentos voltados à saúde, beleza, autoestima e cidadania, todas integralmente gratuitos. Além disso, receberam serviços de maquiagem, limpeza de pele, estúdio fotográfico, aferição de pressão arterial e glicose, degustação de produtos naturais, aula de zumba, apresentação de música, oficina, exposição e corte de cabelo. O evento ocorreu na rua Gustavo Richard, em frente ao Mercado Público.
Um grupo de mulheres que trabalha no gabinete da prefeitura também foi homenageado. Elas ganharam presentes e participaram de um coffee break. O texto de Rosa Maria Ramalho “Aquilo que és” foi um dos momentos mais emocionantes. A autora fala dos sonhos, da esperança, da força de ser feminina, de lutar pela família, pelo desenvolvimento do seu país, de uma sociedade mais igualitária, limpa, de mais justiça, menos dores, menos preconceito.
Como seríamos sem elas? Não dá para imaginar os homens sem mães, tias, avós, irmãs, madrinhas, esposas, filhas, amigas. Laguna fica ainda mais encantadora com o empenho e belezas de suas moradoras. Na alta temporada, esta passarela é estendida e a Terra da heroína dos dois mundos, Anita Garibaldi, fica mais estrelada com as milhares de visitantes brasileiras, argentinas, uruguaias, chilenas. Um dia é pouco para celebrar tantos aditivos para quem tem a responsabilidade de cuidar, amar sorrir.
História do 8 de março
No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos de Nova Iorque (EUA), fizeram uma grande greve. Ocuparam o local e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como a redução na carga diária para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas), equiparação de salários com os homens (elas chegavam a receber até um terço dos vencimentos deles e executavam o mesmo serviço) e tratamento digno dentro do ambiente.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Cento e trinta tecelãs morreram carbonizadas. Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem a estas guerreiras que morreram em 1857. Mas somente no ano de 1975, por meio de um decreto, a data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Objetivo da data
Ao ser criada esta data, não se pretendia somente comemorar. Na maioria dos países ocorreram conferências, debates e reuniões, cujo objetivo foi sempre discutir o papel da mulher na sociedade. O esforço é para tentar reduzir e, quem sabe, terminar com possíveis preconceitos e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas ainda há para ser modificado.
Conquistas das Mulheres Brasileiras
Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.
Fotos © Vânio Santos/Decom
Rafael Andrade
ai/UNO
