Joinville – Duas palavras esquecidas no Brasil e em muitos países: Dignidade e Honra. Há quem se orgulhe da sua profissão ou do salário que ganha ainda que seja ínfimo e entende seu papel na sociedade. Quem dera se todos os políticos brasileiros podessem possuir esta ideia. Para muitos ferir a dignidade e a honra é ser chamado de “corno” ou de “ladrão” feito os coronéis da trama de Grabriela de Jorge Amado. Muito mais que isso honra e dignidade é cumprir seu papel. É realizar o desígnio da sua vocação e fazê-lo bem feito.
A enfermeira indiana Jacintha Saldanha, 46 anos, vivia há 9 anos em Bristol, no sudoeste da Inglaterra. Na quarta-feira, dois radialistas australianos ligaram para o hospital King Edward VII fingindo ser a rainha Elizabeth II e o príncipe Charles – Jacintha atendeu, acreditou no que eles diziam e passou a ligação ao quarto de Kate, de onde outra enfermeira passou informações confidenciais sobre o estado de saúde da duquesa.
A pobre da enfermeira esqueceu-se que vive num mundo mal. Por muito tempo deve ter convivido com gente que falava somente a verdade. Afinal, quem ousaria se passar pela rainha e o príncipe? Infelizmente, dois radialistas, Mel Greig e Michael Christian, da 2Day FM e que foram afastados, ousaram. O programa que a dupla apresentava também saiu do ar depois que os anunciantes cancelaram a publicidade. Suicidou-se!
Existe programas no Brasil que seguem essa linha. A Jovem PAN é uma delas. Fazendo trotes com as pessoas ao vivo.
O presidente da empresa que controla a rádio australiana, no entanto, afirmou que os radialistas não descumpriram nenhuma lei. E fica a pergunta: Passar-se por alguém não é crime. No mínimo não é ético.
O hospital afirmou que todos estavam “chocados” com a morte da enfermeira: “nós estávamos a apoiando durante este período difícil. Jacintha trabalhou no hospital King Edward VII por mais de quatro anos”.