Duas idosas foram decapitadas em Papua Nova Guiné após terem sido torturadas pela população durante três dias acusadas de praticarem atos de bruxaria, revelou a imprensa local.
O caso aconteceu há uma semana em Lopele, na região autônoma de Bougainville e apesar da presença da polícia, a população acabou por matar as duas mulheres.
A polícia foi enviada para a remota vila para atuar como mediadores, mas foram contidos pela multidão, que estava armada com armas de fogo, facas e machados.
Os assassinatos aconteceram dias depois de seis mulheres acusadas de bruxaria terem sido torturadas com ferro quente no sul dos país e, no mês passado, uma mulher foi queimada até a morte por uma multidão, levando a Anistia Internacional para pedir mais medidas para evitar a violência associada com as acusações de feitiçaria no país.
As mortes levaram 1.000 pessoas a marchar pelas ruas de Buka, na província de Bougainville, em protesto contra a feitiçaria relacionados com assassinatos.
A Anistia Internacional pediu que o governo da Papua Nova Guiné possa resolver a violência na nação do Pacífico, onde muitos ainda acreditam em feitiçaria.
Herman Birengka, inspetor da polícia local explicou que os agentes pouco podiam fazer para enfrentar a população e salientou que a morte das idosas foi um ato “bárbaro e absurdo”.
Diário Digital/UNO