Quando a gente pensa em educação, a idéia que temos é de uma pessoa falando coisas diante um quadro. Bem, pode-se até ter esta idéia. Mas a educação é muito mais que isso. É um lugar onde o menino, jovem ou adulto prepara-se para um mercado aguerrido e altamente competitivo. A educação deveria partir da ideia de que as escolas e as salas de aula deveriam ser lugares agradáveis em que o aluno desejasse estar desejoso de conhecimento.
Mesmo nas classes mais baixas muitas crianças e adolescentes tem mais motivação e fascinação de estar em qualquer outro lugar do que numa sala de aula. Lógico que a culpa não é dos professores. Mas como lidar com a falta de infraestrutura? É impossível competir com Tv à cabo, celular, orkut, msn, jogos, lan houses, youtube, bate papo e por aí vai. A concorrência é desleal e covarde. Durante o tempo na sala de aula o aluno deixa o paraíso eletrônico do mundo exterior para assistir muitas vezes uma aula entendiante. Deixar a brincadeira para assistir, por exemplo, pela aula de matemática.
As condições de trabalho dada aos professores da rede pública principalmente no ensino fundamental carecem de materiais. Os professores do jeito que podem apelam para o material artesanal e criativo para ganhar a atenção dos alunos. Mas nem de longe consegue competir com a "educação" recebida de fora da sala de aula. Pais, por sua vez, em grande maioria vencidos pela competição da tv e do material de fácil acesso. Transfererem aos professores a missão de educar seus filhos. Aí o professor tem de ser psicológo, pai, mãe, etc. Um total desvio de função.
Muito se fala em educação no Brasil. Mas só vai acontecer alguma coisa de fato. Quando as escolas tiverem computadores, telões, jogos educativos, datashows, laboratórios e outras ferramentas utilizadas para atrair a atenção dos alunos e sobretudo aperfeiçoamento dos professores para novas técnicas de ensino. também não adianta oferecer estes recursos se os professores não forem treinados para o ensino do século 21. Aí sim, poderemos que a educação é levada a serio pelo governantes do Brasil.
Isso não é um sonho muito distante. Basta acabarem-se os superfaturamentos, político ir preso, deixarem de comprar castelos, deixarem de comprar votos e com o dinheiro poupado investir em educação.
Num país em que herói é big brother e político é desacreditado. O que resta é parabenizar os professores que com pouco ou sem recurso algum valentemente fazem valer sua vocação.
Mauro Queiroz