Criciúma – A insegurança deu lugar a um presente antecipado de natal para 33 famílias de diferentes bairros de Criciúma, na noite desta terça-feira (18). Os moradores receberam das mãos do prefeito Clésio Salvaro e do vice Márcio Búrigo as escrituras dos terrenos onde moram, por meio do Programa “Minha Terra, Meu Chão”, da Secretaria do Sistema Social. O documento sacramenta o fim de muitos pesadelos e dá início a uma nova história para as famílias, agora donas das próprias moradias.
A felicidade tomou conta do ambiente no momento da cerimônia. Alguns rostos não escondiam lágrimas resultantes das lembranças de um passado sofrido. “Agora vocês podem dormir tranquilos sabendo que não tem risco de no dia seguinte chegarem com uma ordem de despejo. Têm também a chance de ir ao banco financiar a ampliação do lote ou a reforma na casa, porque possuem a escritura como garantia”, ressalta Salvaro.
Longo e difícil, o processo de regularização fundiária requer um esforço muito grande por parte da equipe do Departamento de Habitação e exige paciência dos moradores. “Há muitos entraves burocráticos, documentos que só são emitidos em Florianópolis e Brasíla, como também a indenização dos proprietários antigos. O que interessa nesse trabalho demorado é verdadeiramente o dia de hoje”, garante Márcio Búrigo.
Ameaças de despejo, pesadelos e a depressão fizeram parte da vida de Irma Somariva Quadros desde que ela desembarcou em Criciúma, há 21 anos. Com a família, as roupas do corpo e apenas algumas malas, migraram de Francisco Beltrão em busca de condições melhores para viver. “Só aqui em Criciúma nos mudamos umas quatro vezes. Vinha gente dizendo que ia se mudar e nós íamos ser mandados embora. Já precisei da ajuda dos funcionários para resolver problemas de contratos e hoje tenho a escritura da última casa da minha vida”, garante a emocionada moradora do bairro Cristo Redentor.
As 33 famílias contempladas habitam nos bairros Vila São Sebastião, Vila Natureza I, Vila Natureza II, Renascer, São Defende, Vila Manaus, Progresso, São Defende, São Francisco, Moradas do Sol, Mãe Luzia e Ana Maria. Aos moradores do loteamento Anita Garibaldi, Salvaro trouxe alvíssaras. “Recebemos no fim da tarde um documento que nos dá condições para entregar escrituras às famílias em 60 dias. Precisamos antes do levantamento topográfico, que está sendo executado pela Unesc”, informou o chefe do Executivo Municipal.
Foto: João Pedro Alves
UNOPressPress