Ao longo dos anos, descreveram-se novos fatores, como a inflamação, a oxidação e a homocisteína – aminoácido que se forma no organismo a partir da ingestão de proteínas -, entre outros. Alguns dos agentes considerados clássicos e de grande risco para a doença coronária são o tabagismo, a dislipidemia, a hipertensão arterial e o diabetes.
De acordo com o estudo Interheart, que avaliou de forma sistematizada a importância dos fatores de risco à doença arterial coronariana em todo o mundo, apenas 10% dos casos podem ser atribuídos a estes agentes mais recentes, além de que não há evidências de que combatê-los pode beneficiar o paciente. Entretanto, é fundamental atuar nos clássicos, que têm papel destacado no combate à aterosclerose e suas complicações, apesar dos novos métodos diagnósticos e terapêuticos.
“Os tratamentos de males ateroscleróticos passaram a ser mais invasivos nos últimos anos, a princípio com as cirurgias de revascularização do miocárdio, e, recentemente, com as angioplastias e stents. A despeito desta conduta, a melhor estratégia deve ser definida para cada caso. De modo geral, os avanços tecnológicos contribuem em 50% na redução da mortalidade e o combate aos fatores de risco responde pela outra metade”, afirma.