Florianópolis – Após a audiência realizada na terça-feira (5), no Ministério da Justiça, em Brasília, com a secretária Nacional de Políticas Sobre Drogas (SENAD), Paulina do Carmo Duarte, natural de Lages, três parlamentares integrantes da Frente Parlamentar de Combate às Drogas da Assembleia Legislativa, Ismael dos Santos (DEM), Luciane Carminatti (PT) e Maurício Eskudlark (PSDB) avaliaram a reunião satisfatória e com saldos positivos para Santa Catarina. Durante o encontro foram apresentados projetos que podem vir a ser implantados no estado, e a viabilidade de recursos federais destinados à prevenção e tratamento de usuários de drogas, questões pleiteadas pelo Parlamento catarinense.
De acordo com a secretária, existem verbas disponíveis para o tratamento e reabilitação de dependentes químicos, porém falta iniciativa dos governos municipais e estaduais na apresentação de projetos de políticas públicas contra drogas. “A partir de editais, os estados podem participar dos programas do governo federal destinados ao combate às drogas”, explicou Paulina.
Na condição de presidente da Frente Parlamentar, Ismael ressaltou que apesar da grande procura e do sofrimento das famílias em busca de locais para internação de viciados em crack, das 2500 vagas que a secretaria pretendia custear, apenas 124 foram requeridas pelos municípios catarinenses. Segundo o deputado, o governo federal paga R$ 800,00/mês por vaga. “Vamos estudar alternativas para capacitar os municípios catarinenses para acessar os recursos que hoje estão parados em Brasília”, informou.
Em sua avaliação, Eskudlark mencionou que o consumo de entorpecentes é uma questão de saúde pública e que atinge diferentes classes sociais, e por isso os governos devem dar destaque especial para estas situações. “Este é um problema de ordem social que não atinge somente os usuários e suas famílias, mas toda a comunidade em geral, pois o consumo contribui de forma assustadora para o aumento dos índices de criminalidade”, afirmou Eskudlark.
Já a deputada Luciane ressaltou que a primeira iniciativa é fazer com que os municípios avancem em seus projetos referentes ao tema, para que o estado seja incluído nos programas. Segundo ela, algumas universidades catarinenses já manifestaram interesses nos programas, entre elas, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Comunitária Regional de Chapecó (UnoChapecó) e a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). “Vimos nesta reunião que o governo federal tem um olhar bem completo sobre o problema ocasionado pelas drogas, além de programas para combater”, frisou.
Tatiani Magalhães