Grupo japonês desenvolveu o cabo supercondutor, que é considerado o coração do equipamento
São Paulo – Executivos do Grupo Furukawa comemoram o recente anúncio feito pela Academia Real de Ciências da Suécia, concedendo o Nobel de Física aos cientistas do CERN (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares) que descobriram e identificaram a existência da “partícula de Deus”, batizada de bóson de Higgs. Isto porque o time de pesquisadores do Grupo sente-se também agraciado diretamente, já que participou de forma ativa na investigação. A Furukawa Electric Co. desenvolveu o cabo supercondutor usado no projeto, que é considerado o coração do equipamento.
Quando anunciado o Prêmio Nobel em um flash de notícias globais em rede de TV, todas as pessoas que estavam naquele momento na sede da Furukawa Electric (em Chiyoda Ward, Tóquio) aplaudiram e o clima foi de intensa alegria. Akira Takagi, 48, que foi um dos chefes da equipe que desenvolveu o cabo supercondutor, disse que se sentia honrado por todos os 100 pesquisadores japoneses que contribuíram para a pesquisa. “Eu compartilho esta alegria com todos os meus colegas”, comentou Takagi .
Foad Shaikhzadeh, vice presidente global do Grupo Furukawa e presidente da Furukawa Brasil explica: “Os cabos supercondutores da Furukawa foram desenvolvidos para eliminar a resistência elétrica a uma temperatura de menos 196O Celsius. Estes cabos são utilizados nos electroímãs, que geram os campos magnéticos necessários para acelerar a velocidade da luz”.
Para a criação do poderoso campo magnético era pré-requisito que o cabo fosse “impecavelmente limpo”, já que nos estágios iniciais da pesquisa as tentativas se frustravam quando o cabo utilizado se desconectava em função das geléias de petróleo e outras substâncias impuras que se ligam a ele. Takagi e seus colegas de equipe encontraram a solução para o problema. “Nós percebemos que seríamos capazes de nos livrar das mais minúsculas substâncias que se ligavam ao cabo usando uma simples máquina de lavar louça convencional”, comemorou Takagi .
O bóson de Higgs é a última peça desconhecida da teoria dominante da física de partículas. Para estudo, os cientistas construiram o Grande Colisor de Hádrons (LHC), o maior acelerador de partículas do mundo – um túnel de circunferência de 27 km na fronteira entre a Suíça e França -, operado pelo CERN. No seu coração, a tecnologia japonesa tem desempenhado um papel fundamental.
Em novembro, modelo estará em exposição no Brasil
O presidente da Furukawa Brasil, Foad Shaikhzadeh informa que este importante inovação tecnológica estará em exposição no país durante o evento Furukawa Innovation Expo 2013. Em sua 6a edição, a mostra acontecerá pela primeira vez fora da Ásia, no dia 26 de novembro próximo, no Clube Transatlântico, na capital paulista. O evento globa do Grupo Furukawa deverá reunir mais de 300 executivos convidados e a Imprensa, quando a Furukawa irá apresentar ao mercado nacional as principais tendências e inovações tecnológicas em segmentos onde a marca Furukawa é globalmente reconhecida: Energia, Telecomunicações, Fibras Ópticas, Lasers, Sistemas Eletrônicos e Industriais, Produtos Automotivos, Produtos para Aplicações Médicas, Metais e Ligas Especiais.
Com um faturamento anual de US$ 11 bilhões, o Grupo Furukawa Electric fundado no Japão há mais de um século é líder global no fornecimento de produtos e soluções para infraestrutura. Atua nos cinco continentes e registra hoje mais de seis mil funcionários dedicados. Seguindo a diretriz do Grupo, a Furukawa Brasil começa a trazer para o país tecnologias e inovações do Grupo que vão além das TICs.
* Na foto, Akira Takagai, chefe da equipe mostra um exemplo do cabo.
Christinna Turnes
UNOPress