quinta-feira, dezembro 26, 2024

Governo e professores se reúnem para tentar chegar a um entendimento

Em atendimento a um pedido da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação, reuniu-se com os representantes dos professores em uma nova tentativa de acabar com a greve que já dura 41 dias. O encontro foi realizado no Centro Administrativo, na noite desta terça-feira (28), com a presença do secretário-adjunto Eduardo Deschamps e de cerca de 40 pessoas do comando de greve do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sinte).

O pedido dos deputados partiu após analisar as medidas provisórias (MPs) 188 e 189 e decidiu rejeitá-las e solicitar ao Governo que legalize a questão por meio de um projeto de lei complementar (PLC). As MPs são projetos que podem valer assim que são enviadas para a Assembleia, já os projetos de lei começam a ter validade após serem aprovados pela Casa e só pode perder o valor se revogada.

Na reunião, Deschamps falou dos esforços do Governo em conversar com a categoria e valorizar os professores, mas que para manter os percentuais da regência de classe em 25% e 40%, esbarra nos limites orçamentários, e que esses índices, que compõem o plano de carreira do magistério, podem ser debatidos no grupo de trabalho, proposto pelo Governo para ser feito nos próximos 180 dias. “Não temos como ir muito além das nossas possibilidades, mas estamos tentando juntos encontrar uma maneira de chegar à proposta que possa fazer parte desse projeto de lei e que corresponda às expectativas da categoria”, afirmou o secretário-adjunto.

Os representantes dos professores pediram que fossem mantidos alguns adicionais que fazem parte do plano de carreira da categoria. Também entregaram ao secretário-adjunto um documento com solicitações e uma nova tabela. “Vou levar os assuntos abordados na reunião para o grupo gestor, ao secretário Marco Tebaldi e para o governador Raimundo Colombo, e nesta quarta-feira, no período da tarde, vamos nos encontrar novamente com os representantes dos professores”, concluiu Deschamps.

No Extremo-Oeste, onde está em viagem de trabalho, o governador Raimundo Colombo reafirmou o compromisso em pagar o piso salarial nacional e na valorização da categoria. “Não atuamos contra os professores e entendemos o movimento, mas continuar com a greve é prejudicar a educação de Santa Catarina, as famílias, as crianças e o ano letivo. Peço que os professores voltem à sala de aula para normalizar essa situação e tranquilizar a todas as crianças e famílias. Vamos continuar conversando para melhorar cada vez mais a educação”, afirmou o governador.

ai24horas

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