Joinville – O programa Fantástico, da Rede Globo, apresentou na noite de domingo (08/11) uma emocionante reportagem sobre a menina Silva de Lima Antunes, 16 anos, que se submeteu a um transplante de rim no Hospital Municipal São José, em Joinville.
O transplante foi realizado na quarta-feira passada (04/11) e Silvana se recupera bem. Ela continua internada no São José em companhia da mãe, Genecilda de Lima Antunes. A família é de Grão Pará, no Oeste do Estado. O rim que ela recebeu foi de um menino de dez anos, de Joinville, que foi atropelado a 300 metros de casa.
Silvana estava em uma viagem de comemoracao pela formatura de oitava serie no Beto Carrero, em Penha, com a turma de 40 alunos. A viagem estava marcada para um dia em que Silvana faria hemodialise, mas seus colegas preferiram trocar a data para que ela pudesse participar.
A crirugia foi feita pelo médico Christian Evangelista Garcia. “Nós temos que ter respeito por essa família que doou um órgão sem saber para quem. E foi para esta família que estava aguardando um transplante, que vai mudar a vida dela. Então, não podemos medir esforços. Se precisar de avião, carro, trem, helicóptero, submarino, tem que ir”, ressalta Garcia na reportagem.
Neste ano, o Hospital São José já realizou 80 transplantes.
Acompanhe a reportagem do Fantástico no link abaixo: https://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1371320-15605,00-VIDEO+MOSTRA+CORRERIA+PARA+FAZER+UM+TRANSPLANTE+DE+RIM.html
Uma história emocionante com final feliz. A história da jovem Silvana Lima Antunes, que esperava um transplante de rim. Quando Silvana brincava no trenzinho de um parque de diversões, chegou a notícia tão aguardada.
Um vídeo cedido pela Fundação Pró-Rim, de Santa Catarina, mostra como foi a corrida para fazer o transplante em Silvana. De Joinville, o helicóptero da Polícia Militar ruma para um parque temático na cidade de Penha, também no norte catarinense, onde a garota estava com uma excursão da escola.
A adolescente é localizada pelo telefone. Ela estava passeando de trenzinho. De tão tímida, ao receber a notícia do transplante, quase não esboça reação.
Depois, já na ambulância, ainda no parque, conversa com o médico. “Demorou muito para você conseguir se preparar para entrar na lista de transplante?”, pergunta o médico. “Logo que eu entrei na hemodiálise, já comecei a fazer os exames para ver se podia fazer o transplante”, responde Silvana.
Na viagem até Joinville, onde seria feito o transplante, Silvana dá o primeiro sorriso. O helicóptero chega ao hospital. A garota revela como as três sessões semanais de hemodiálise, de quatro horas cada uma, dificultavam sua vida escolar. “Eu tinha que sair, não podia fazer
trabalho. No dia em que eu podia, eu tinha que fazer hemodiálise. Tinha que combinar com todo mundo, tinha que ser nos outros dias, aquela confusão”, recorda a adolescente.
Ela sonha com uma vida sem hemodiálise, e poder ter sede à vontade. “Quero tomar muita água. Se não pode tomar agora, vou tomar depois”, conta Silvana.
A água é um perigo para pacientes como ela. Os rins não filtram nem expelem o liquido, que pode ir parar nos pulmões provocando um edema, um inchaço do órgão que, muitas vezes, pode ser fatal.
A mãe de Silvana, Dona Genecilda, tão tímida quanto a filha, acompanha tudo. Chega a hora de ir para o centro cirúrgico. O rim que ela vai receber já chegou. Silvana está pronta. É o começo de uma vida nova.
Silvana recebeu a visita do piloto que foi buscá-la no parque, o major Nélson Coelho, piloto da Polícia Militar de Santa Catarina. “Essa moça deu trabalho para localizar. Você está melhor? Deu tudo certinho na cirurgia? Gostou do vôo? Gostou do passeio?”, conforta o piloto.
A solidariedade é o exemplo a ser seguido, explica o médico-cirurgião Christian Evangelista Garcia, que fez o transplante. “Nós temos que ter respeito por essa família que doou um órgão sem saber para quem. E foi para esta família que estava aguardando um transplante, que vai mudar a vida dela. Então, não podemos medir esforços. Se precisar de avião, carro, trem, helicóptero, submarino, tem que ir”, ressalta Garcia.