Rio de Janeiro – O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado como referência para reajustes de contratos de aluguel, teve leve alta de 0,07% na segunda leitura de junho, conforme informações divulgadas hoje (23) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou acima do verificado no mesmo período do mês anterior, quando houve queda de 0,14%. No ano, o índice acumula redução de 1,07%. Nos 12 meses fechados no perídodo, o IGP-M acumula elevação de 1,70%.
O Índice de Preços no Atacado (IPA) teve, em média, queda de 0,21%, menos intensa do que a retração verificada no mesmo período de maio (-0,31%). Os bens finais ficaram 0,28% mais caros. Na segunda prévia do mês anterior, eles haviam fechado em 0,16%. O destaque para esse movimento foram os alimentos in natura, que reduziram o ritmo de queda (de –5,24% para –0,89%).
Os bens intermediários também caíram com mais intensidade (de –0,82% para –0,98%), influenciados pelos combustíveis e lubrificantes para a produção (de 1,36% para 0,48%). O índice relativo às matérias-primas brutas subiu de 0,33% para 0,38%, pressionado pela alta nos preços de laranja (de –13,94% para 3,19%), café em grão (de –3,59% para 3,29%) e leite in natura (de 3,89% para 7,84%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) reduziu o ritmo de crescimento (de 0,33% para 0,15%). A maior influência para esse comportamento partiu do grupo despesas diversas (de 3,36% para 1,36%), principalmente cigarro (de 10,29% para 3,15%).
Também reduziram o ritmo de crescimento os grupos saúde e cuidados pessoais (de 1,01% para 0,40%), habitação (de 0,47% para 0,35%) e alimentação (de –0,26% para –0,36%). Por outro lado, os preços subiram mais ou caíram com menos intensidade em transportes (de – 0,20% para –0,03%), vestuário (de 0,67% para 0,79%) e educação, leitura e recreação (de 0,02% para 0,07%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) reverteu a queda observada no segundo decêndio de maio (–0,10%) e subiu 1,72%. Os preços de materiais, equipamentos e serviços caíram 0,18%, num ritmo menos intenso do que o do levantamento anterior (–1,10%). O índice que representa o custo da mão de obra teve elevação de 3,89%, depois de subir 1,08% na segunda prévia de maio.
O IGP-M é compostos pelos índices Índice de Preços por Atacado, o Índice de Preços ao Consumidor e o Índice Nacional de Custos da Construção, nas proporções de 60%, 30% e 10%, respectivamente. Para calcular a segunda prévia do IGP-M de junho, foram coletados preços no período entre 21 de maio e 10 de junho.
Thais Leitão/ABr