quarta-feira, fevereiro 5, 2025

Joinville traz o escritor e compositor Nei Lopes

Joinville – A Secretaria de Educação de Joinville com apoio da Tupy S.A. traz a Joinville o escritor, pesquisador e compositor Nei Lopes. Ele vem à cidade para falar sobre valorização da história e da cultura africana. A palestra direcionada aos educadores da rede municipal será realizada na Associação Empresarial de Joinville (Acij), nesta terça-feira, dia 29, às 14h30. Na mesma data, às 19 horas, ele debate com alunos do curso de história da Univille.

Conforme registro do IBGE, Joinville é a segunda cidade catarinense com maior número de afro-descendentes, corresponde a 7,3% da população, perdendo para Criciúma com 9,3%. Em Santa Catarina, o percentual é de 10,6%. Os africanos chegaram à região como escravos, aportados em São
Francisco do Sul, por volta dos séculos XVIII e XIX. Na cidade, passaram a residir no Paranaguamirim e no Cubatão, então chamados de "seis marias", termo utilizado para definir as léguas de terra.

Ainda assim, há pouca literatura e principalmente material didático sobre a história da África e de afro-descendentes em Joinville. O maior acervo de pesquisa, pouco utilizado, está no arquivo da Mitra Diocesana, e o segundo, no Arquivo Histórico. No Cartório Lobo também tem registros de
notas de compra e venda de escravos para os colonos alemães. No entanto, muito pouco desse material é conhecido pelos joinvilenses e estudado nas instituições de ensino.

O trabalho de pesquisa desenvolvido por Nei Lopes é referência no país, sendo de significativa  importância as unidades de ensino ter acesso a sua bibliografia e a contextualização que o autor apresenta sobre o assunto. Cada unidade de ensino fundamental da rede municipal receberá o livro
"História e Cultura Africana e Afro-Brasileira", a qual servirá de base para os estudantes conhecerem a fundamental importância do continente africano na formação do Brasil.

Pela sua importância no contexto cultural, social e econômico, esse conteúdo passará a ser trabalho nas escolas municipais de forma interdisciplinar: em história, artes, geografia, ensino religioso, etc."A
palestra do Nei Lopes também pode servir de estímulo para que os pesquisadores da região tenham mais interesse em se aprofundar nesse tema", disse o secretário de Educação Marquinhos Fernandes.

A lei que determina os colégios públicos e particulares a contarem a história e a cultura afro começou a ser discutida no final da década de 90. Mas a lei federal foi criada apenas em 2003. A partir daí, tornou-se obrigatório nos currículos escolares o ensino da história dos africanos e afro-descentes.

NEI LOPES é compositor de música popular, escritor e pesquisador sistemático das culturas africanas. Bacharel pela Faculdade Nacional de Direito, antiga Universidade do Brasil. Tem publicado uma vasta obra, toda centrada na temática africana e afro-originada, compreendendo mais de 20
títulos ente os quais ensaios como Bantos, Malês e Identidade Negra (Forense-Universitária, 1988; Autêntica, 2006) e Partido-Alto, samba de bamba (Pallas, 2005); um volume de poemas, Incursões sobre a Pele (Artium, 1996) e outro de contos, Vinte Contos e uns trocados (Record, 2006); o
Novo Dicionário Banto do Brasil (Pallas, 2003);  a Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana (Selo Negro, 2004), com mais de nove mil verbetes; e o Dicionário Escolar Afro-Brasileiro (Selo Negro, 2006). Em 2007 publicou Histórias do Tio Jimbo (Belo Horizonte, Mazza Edições); O Racismo
Explicado aos Meus Filhos (Rio, Agir) e o Dicionário Literário Afro-Brasileiro (Rio, Pallas). No prelo, para publicação ainda em 2008, tem o romance histórico Mandingas da ´Mulata-Velha" na Cidade Nova (Rio, Língua Geral); o infanto-juvenil Kofi e o Menino de Fogo (edição bilíngüe, português e francês,  Pallas Editora) e o Dicionário da Antigüidade Africana (Rio, Civilização Brasileira). Em 2008 publicou o livro História e Cultura Africana e Afro-Brasileira (São Paulo, Barsa Planeta).

Por seu trabalho como intelectual e artista, em 1998, Nei Lopes foi agraciado com a Medalha Pedro Ernesto, conferida pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro; em 2005 recebeu, pelas mesmas razões, o título de "Cidadão Olodum", concedido pela tradicional entidade cultural afro-baiana; em novembro de 2005 recebia do governo brasileiro, a Ordem do Mérito Cultural, no grau de comendador; em junho de 2006 era focalizado pela Revista O Globo (nº 100, 25.06.06) na reportagem "100 brasileiros
geniais"; e em 24 de janeiro de 2007 tinha foto sua foto artística publicada na seção "Retratos Capitais" da revista Carta Capital, com a seguinte legenda: "Em música e nas letras, a voz do samba e da consciência negra". Finalmente, em novembro de 2007, Nei Lopes era agraciado com a Medalha Tiradentes, outorgada pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro; e com o Troféu Ori.

Fonte: Assessoría de Imprensa

UNOPress
UNOPress
A UNOPress é uma Agência de Marketing Digital especializada em Assessoria de Imprensa e Marketing de Conteúdo. Produz conteúdo para diversas empresas que buscam Page Authority e Domain Authority.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Compartilhar

Mais lidas

Mais desta Categoria

Seleção Brasileira: Problema dos Jogadores ou do Técnico?

A Seleção Brasileira de futebol enfrenta uma de suas...

Liderança Transformadora: Os 10 Melhores Prefeitos do Mundo

Pesquisa sobre os 10 melhores prefeitos do mundo destaca líderes que vão além das expectativas de seus cargo transformando suas cidades

Homem Casado e Sucesso Financeiro: Qual é a Relação?

A ideia de que homem casado têm mais sucesso...

O Que Darwin e Freud Diriam Sobre Amor e Paixão Hoje?

O amor e a paixão são temas que intrigam...