Usar protetor solar no Inverno? A gente nunca imagina que deve usar protetor solar no dia frio também.
Itajaí – Usar protetor solar todos os dias durante a primavera e o verão parece fazer mais sentido, pois você está antecipando a exposição ao calor e aos raios nocivos do sol.
Mas você deve usar protetor solar no inverno ou nos meses que o antecedem? A resposta é sim, é fundamental usar protetor solar todos os dias do ano, mesmo naqueles meses frios e não tão ensolarados do inverno.
Férias, sol e praia. Esta é a combinação perfeita do verão. Nesta estação, as campanhas de prevenção ao câncer de pele se intensificam e o tema fica em destaque. Mas é errado pensar que os cuidados com a pele no inverno devem ser deixados de lado.
Quando o inverno chega, você pode sentir que não precisa se proteger do sol porque raramente sai, e um dia mais frio faz a gente achar que não está exposto a raios nocivos e prejudiciais à pele. Por isso é tão importante usar protetor solar.
Mas você ainda deve usar protetor solar no outono e inverno, porque o protetor solar funciona para ajudar a protegê-lo, independentemente da estação, temperatura ou exposição direta ao sol.
O uso de protetor solar não se limita exclusivamente às estações mais quentes, como primavera, verão e outono. Então, ao se perguntar, você precisa de protetor solar no inverno? A resposta é sim!
Mesmo quando está nublado e com neve, usar protetor solar no inverno é uma parte crucial para manter a saúde e a felicidade da pele.
De acordo com a Skin Cancer Foundation, os raios UVB são uma das principais causas de queimaduras solares é não usar protetor solar contra os raios mais fortes no verão. Mas isso não significa que eles simplesmente desapareçam durante o inverno.
Os raios UVB podem prejudicar sua pele, queimando-a e danificando-a o ano todo. Sem mencionar que eles podem ser ainda mais prejudiciais em altitudes mais altas e ao refletir em superfícies como gelo ou neve.
A ação dos raios ultra-violetas é praticamente a mesma. As nuvens filtram em torno de 10 a 15% da radiação.
Os raios UVB são mais prejudiciais durante o inverno, lembrando que os raios UVA permanecem durante todos os dias do ano.
Os raios UVA são fortes o suficiente para penetrar através do vidro, por isso ainda é possível ser afetado por eles durante o inverno, quando você está no carro ou sentado dentro de casa perto de uma janela. Os raios UVA não são responsáveis por queimaduras solares, mas podem contribuir para o câncer de pele como o melanoma, por isso é essencial usar protetor solar o tempo todo.
“A prevenção ao câncer de pele deve ser feita 365 dias por ano, principalmente com a utilização diária de filtro solar com fator de proteção igual ou superior a 15”, comenta a Dra. Rachel Breviglieri, hematologista e diretora das unidades Mogi das Cruzes e São José dos Campos do IPC (Instituto Paulista de Cancerologia).
Existem dois tipos de câncer de pele: o melanoma e o não melanoma. O melanoma, mais agressivo e mais grave, surge como uma pinta escura com bordas irregulares, pode estar acompanhada de coceira e descamação ou quando uma pinta já existente muda de características.
O câncer de pele não melanoma (carcinoma basocelular e epidermóide) é o mais frequente, tem origem na epiderme e apresenta altos índices de cura, ao contrário do anterior. Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o número de novos casos de câncer de pele não melanoma estimados para o Brasil em 2008 é de 56 mil entre homens e 59 mil nas mulheres.
Quanto ao melanoma, são esperados 3 mil casos novos em homens e outros 3 mil em mulheres. O crescimento na incidência deste tumor é mais expressivo na população de cor branca.
A maioria dos cânceres de pele se desenvolve devido à exposição excessiva ao sol e à consequente exposição à radiação ultravioleta (UVA e UVB).
A prevenção mecânica (uso de chapéu, guarda-sol, óculos escuros, camisetas e evitar exposição ao sol entre 10h e 15h), usar protetor solar e o auto-exame são fundamentais. O auto-exame pode ser realizado em uma análise detalhada da pele em todo o corpo.
Se a pessoa notar o surgimento de manchas e/ou sinais novos ou a mudança de manchas e/ou sinais existentes, deve procurar um médico.
Prevenir-se com protetor solar deve começar na infância e continuar na adolescência e na fase adulta, pois o câncer de pele aos 30 ou 40 anos pode ser reflexo de hábitos do passado.
“Mesmo nos dias nublados e no inverno, a exposição solar excessiva é nociva à saúde. É preciso informar à população que os cuidados com a pele devem ser observados não somente no verão e o auto-exame é essencial para detecção e tratamento precoces, aumentando as chances de cura”, finaliza Dra. Rachel Breviglieri.
Dra. Rachel Breviglieri, hematologista e diretora das unidades Mogi das Cruzes e São José dos Campos do IPC (Instituto Paulista de Cancerologia).
Fonte: aad.org e https://www.colorescience.com
UNOPress