Blumenau – A Fundação Cultural de Blumenau convida a comunidade para prestigiar nesta quinta-feira, 16, a abertura das exposições: na Sala Oficial do MAB, a tailandesa Pakawon Thatprakob Martin apresenta a mostra Vida Simples no Brasil; na Sala Especial, Janor Vasconcelos apresenta A arte de ver a vida; na Galeria Municipal de Arte, Sala Alberto Luz, a exposição comemorativa dos 23 anos da Bluap; na Galeria do Papel, o escritor Ivo Hadlich apresenta seus poemas; e na Sala Elke Hering, Anamaria Kovács realiza um sonho de adolescente.
A abertura das mostras será às 19h30min, quando também ocorre o lançamento do livro Café com o Grego, de Telêmaco Marrace de Oliveira e a apresentação de capoeira de Mestre Dendê, do Casarão das Oficinas da Fundação Cultural. A promoção é aberta ao público. A Fundação Cultural fica na Rua Quinze de Novembro, 161, e a visitação às exposições poderá ser feita até 16 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 8 horas ao meio-dia e das 13h30min às 17h30min; sábados, domingos e feriados, das 10 às 16 horas. A entrada é gratuita.
Vida Simples no Brasil
A exposição Vida Simples no Brasil substitui a exposição de David Wang, que não poderá ser realizada por problemas técnicos e profissionais por parte do artista, que mora em
Londrina.
Pakawon Thatprakob Martin vai apresentar na Sala Oficial do MAB, uma coleção de pinturas a óleo feitas no Brasil desde 2004, quando mudou para Blumenau. A artista diz que gosta de escolher coisas simples do cotidiano para ser o assunto dos seus trabalhos. Acha divertido reorganizar os elementos de imagem real para uma nova composição, usando formas geométricas e cores com base em seu humor e impressão.
As formas e cores são a expressão mais forte dos seus trabalhos. São utilizadas para criar sentimentos; mais do que uma imagem realista. Seus artistas preferidos são Monet e Picasso, cujas obras tiveram forte influência sobre suas telas. Seu trabalho é uma mistura de cubismo e impressionismo.
Seu objetivo é tornar algo simples em especial e sempre aprender alguma coisa nova com cada obra. Se fazer arte é como compor música, Pakawon espera que cada um possa desfrutar da sua melodia.
A arte de ver a vida
As inúmeras imagens do Olhar Subterrâneo do artista plástico Janor Vasconcelos traçam um paralelo entre a vida diária do ser humano e o cotidiano obscuro e árduo dos mineiros em busca da sobrevivência no subsolo. A face oculta e escondida dos nossos sentimentos está registrada no encontro de linhas, curvas e retas, como se estivéssemos caminhando num labirinto de sentimentos que nos remetem aos desafios, para nos superarmos diante dos enigmas da vivência humana em sociedade. As obras de Janor Vasconcelas estarão expostas na Sala Especial do MAB.
Bluap, 23 anos
A Galeria Municipal de Arte, Sala Alberto Luz, apresenta os 23 Anos da Bluap – Associação Blumenauense de Artistas Plásticos. A mostra conta com a participação de 25 artistas: Beliria Boni, Benedito Augusto de Nascimento Neto, Cecilia Junkes, Dulce Paladini e Elisabeth Fiamoncini; Everton Duarte, Gabriela Lombardi, Hannelore Klomflass, Heraldo de Oliveira Fernandes e Inge Lauterjung; Isabel Mir, Lucienne Sprung, Maria Arlete Contesini Bondavalli, Maria Izilda de Ávila e Maria de Lourdes Dalmarco; Maria Lucy Pereira, Maria Salete Dellandréa, Maria Salette Werling, Marlene da Silveira, Marlene Karin Werner e Pita Camargo; Rosina de Franceschi, Sandra Regina Fietz, Sueli Freygang, Suzana Sedrez e Waleska Curtipassi.
Galeria do Papel
A Galeria do Papel apresenta a exposição do poeta e escritor Ivo Hadlich, o Scheik. Ivo é também dramaturgo, ator de teatro e circo, diretor Teatral, juiz arbitral, apresentador de televisão, promotor cultural e cerimonialista. Vice-Presidente da Sociedade Escritores de Blumenau, diretor de promoções da Academia de Letras Blumenauense, membro da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais e promotor de eventos do Clube de Seresta de Blumenau.
Colheita
Diz o poeta dos montes,
semear é preciso,
como faz o vento
na calada das noites,
transportando em seu dorso
as sementes que povoarão a terra.
O rude camponês semeia,
porque semear é preciso,
e a chuva divina, esparrama
gotículas de balsamo sobre as sementes,
o germinar é a demonstração
mais plausível da presença de Deus…
Este é o ciclo da vida,
a colheita acontece,
na sinfonia das aves
colhendo frutos na natureza,
o homem colhe o trigo,
e faz o pão,
colhe a uva,
e faz o vinho,
repartindo generosamente
entre os irmãos…
Colho diariamente alegrias,
no sol que brilha,
nas águas ainda cristalinas,
e no repor da natureza…
colho tristezas na ingratidão dos homens,
na ganância e na poluição…
Não apenas colha,
agradeça e semeia.
Poema do livro “Nó em Arame Farpado”
Traços e Espaços
Um sonho de adolescente realiza-se agora, na meia-idade: Anamaria Kovács, conhecida como escritora e jornalista, trilha finalmente o caminho que sempre povoou sua imaginação – o difícil caminho da arte. Autodidata, faz cerca de uma década que decidiu começar a estudar seriamente o desenho e suas várias técnicas. Incentivada pela atual professora, Daiana Schvartz, arrisca sua primeira exposição, denominada Traços e Espaços, com trabalhos em nanquim, lápis carbono e lápis-de-cor.
Lançamento
Na noite desta quinta-feira também acontece o lançamento do livro Café com o Grego, de Telêmaco Marrace de Oliveira. Na mitologia grega Telêmaco significa “aquele que guerreia”, um jovem que saiu em busca do pai Odisseu (Ulisses em Roma) por vinte longos anos, enfrentando perigos em aventuras surreais pelo mundo.
Ágora era a praça principal na constituição da Polis, a cidade grega da Antiguidade Clássica.
Nas Ágoras ocorriam as discussões políticas e os tribunais populares, sendo o espaço da cidadania. Do meu nome Telêmaco e do espaço em jornais e sites em que eu escrevo nasceu Café com o Grego, um livro sucinto, curto; como um cafezinho ao lado dos amigos, mas recheado de artigos profundos e mensagens incentivadoras no mundo contemporâneo de “Ágoras virtuais”. O Autor.
