De acordo com o Programa de Controle da Dengue, as quase 300 armadilhas não registraram larvas do mosquito transmissor.
“Não há focos de dengue em Penha”, afirmou a coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue, Claudia Patricia de Souza Barros. A citação vai ao encontro dos recentes números nacionais divulgados pelo Ministério da Saúde e que apontam queda nos casos graves da doença. Em Penha, há quase 300 pontos de monitoramento do aedes aegypti.
De acordo com a coordenadora, este ano, o município registrou um caso da doença, contudo, o contágio aconteceu em outra cidade. “É um morador de Penha e que foi picado pelo mosquito em São Paulo, durante uma viagem”, garantiu. O homem de aproximadamente 30 anos recebeu cuidados médicos e já passa bem.
Em dois anos, esse foi o único registro. “É importante salientar que este foi um caso importado”, ratificou Claudia, referindo-se ao local de contágio da doença. Em Penha, cinco agentes de saúde realizam o monitoramento de 297 locais, dos quais, 61 são consideradas pontos estratégicos. Em todos há armadilhas contra o mosquito.
“Em nenhuma das armadilhas foi detectada a presença de larvas do mosquito transmissor”, confirmou Claudia. Apesar da boa estatística, a orientação é para que a comunidade permaneça focada nas ações de prevenção. “A palavra chave para manter esses números é prevenção”, acrescentou.
A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.
CARAMUJOS AFRICANOS
A Vigilância Sanitária de Penha também alerta para presença de caramujos africanos na cidade. “Há reclamações, mas ainda sem grande número ou que possam causar preocupação”, contou Cláudia. Ela orienta que quem encontrar o animal deve recolhê-lo utilizando luvas ou alguma proteção nas mãos, colocá-lo em uma lata e atear fogo. “Feito isso, o casco do caramujo deve ser quebrado”, orientou Claudia.
“O animal não é venenoso, mas por percorrer o solo pode transmitir doenças”, acrescentou a coordenadora. Para evitar que o molusco apareça nos terrenos, os locais podem ser rodeados com cal virgem, produto que acaba o matando. “Por ter respiração cutânea, a cal bloqueia e processo e o animal morre”, finalizou.
Felipe Franco
UNOPressPress