Intenção do prefeito e secretário é incrementar o corpo clínico e fornecer atendimento integral à população; seleção de médicos é Federal.
Penha – A Secretaria de Saúde confirmou a inscrição de Penha no “Programa Mais Médicos”, do Governo Federal. “Precisamos suprir algumas carências médicas e queremos incrementar nosso atendimento à população”, afirmou o secretário de Saúde, Cleiby Darossi. O município aguarda agora a lista dos médicos inclusos no programa e que tenham a disponibilidade de atuar em Penha.
Em reunião com o prefeito, Evandro Eredes dos Navegantes (PSDB), Cleiby revelou que há a intenção municipal de conseguir a contratação de mais quatro ou cinco médicos. “Temos uma reunião com representantes do Ministério da Saúde, nos próximos dias, quando nos será revelada a lista dos médicos interessados em trabalhar na cidade”, revelou o prefeito. No total, 3.511 municípios se inscreveram no programa.
Esse total de adesões equivale a 63% do total de prefeituras no Brasil e a 92% das consideradas prioritárias para o programa. Juntas, estas cidades apresentaram demanda e capacidade para terem 15.460 médicos atuando na atenção básica. “Há muitos municípios interessados e sabemos que muitos deles possuem carências extremas no setor. Mas caso exista médicos cadastrados para Penha, iremos buscar a contratação”, ressalta Cleiby.
Desde o lançamento do projeto, 18.450 médicos se inscreveram no programa. Neste universo, os filtros estabelecidos pelo Ministério da Saúde para evitar inscrições de quem não tinha real interesse em atender a população de municípios do interior e da periferia das grandes cidades identificaram 8.307 pedidos de participação com números inválidos de registro em conselhos regionais de Medicina (CRMs).
Lançada pela presidenta da República Dilma Rousseff no dia 8 de julho, a iniciativa levará mais médicos às regiões carentes, sobretudo nos municípios do interior e na periferia das grandes cidades. Todos os municípios do país podem participar, indicando as unidades básicas de saúde de suas regiões em que há falta de médicos. O programa é um estímulo para a ida de médicos para os municípios do interior e para as periferias das grandes cidades, onde é maior a carência por este serviço.
“Com este programa estamos enfrentando um dos grandes desafios da saúde pública brasileira, que é levar mais médicos para perto da população, especialmente para as regiões onde faltam profissionais. Sabemos que um médico junto da população faz diferença. Além disso, estamos fortalecendo a atenção básica, que é capaz de resolver 80% dos problemas de saúde sem a necessidade de recorrer a um hospital”, esclarece o ministro, Alexandre Padilha.
Os profissionais que atuarão no programa receberão bolsa federal de R$ 10 mil, paga pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa. Os municípios ficarão responsáveis por garantir moradia e alimentação aos médicos, além de ter de acessar recursos do ministério para construção, reforma e ampliação das unidades básicas.
Infraestrutura
O “Programa Mais Médicos” faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país.
Além da chamada de médicos, a iniciativa prevê o aumento das oportunidades de formação médica no país, com a criação de 11,5 mil novas vagas de Medicina e 12 mil de residência em todo o Brasil, além do aprimoramento da formação médica com a inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).
Juvan Neto
UNOPress