Segundo a pesquisa, brasileiro só vai ao dermatologista, em média, pela primeira vez após os 26 anos, idade avançada para prevenção de problemas que vão da acne ao câncer de pele.
O brasileiro só procura o dermatologista quando tem algum problema de pele, como manchas e micoses. E não tem o hábito de encarar a prevenção para situações que vão de uma simples acne até o envelhecimento precoce e o câncer de pele. Os resultados fazem parte do Projeto DermaBrasil, um extenso estudo sobre os hábitos da população em relação aos cuidados com a sua pele.
O projeto DermaBrasil é uma parceria do Laboratório nacional TheraSkin (especializado em produtos para os cuidados a pele) com a Sociedade Brasileira de Dermatologia Nacional (SBD). A pesquisa envolveu 1.500 pessoas, com idades de 18 a 55 anos, das classes A/B/C, em 11 cidades brasileiras (São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador, Recife e Goiânia). O trabalho de campo e análise dos dados foi realizado pelo Resulta, instituto especializado em pesquisas na área de saúde.
De acordo com o estudo, 88,6% dos entrevistados procuram o dermatologista quando estão com algum problema de pele. Prevenção, não foi um termo sequer lembrado durante as entrevistas. Quando decidem procurar pelo especialista, em geral por conta própria, os brasileiros o fazem, em média, após os 26 anos. “É tarde, pois a maioria dos problemas de pele, como a acne e os efeitos cumulativos do sol já aconteceram nesta idade”, explica o dermatologista Omar Lupi, presidente da SBD Nacional.
Segundo Dr. Omar Lupi, estes resultados explicam os motivos pelos quais acnes e espinhas são os problemas de pele mais citados pelos brasileiros (tanto homens quanto mulheres) em todas as idades. “Acne é um problema mais comum na adolescência. Se o brasileiro depois dos 35 anos ainda sofre com isso, temos duas explicações: eles utilizam produtos incorretos para sua pele, facilitando ainda mais o aparecimento das espinhas, ou sofrem por não ter procurado tratamento mais cedo”, explica Dr. Omar Lupi.
O Projeto DermaBrasil também avaliou como o brasileiro classifica sua pele. Para as mulheres mais jovens, a pele tende a ser sempre mais oleosa ou mista. Já os homens de praticamente todas as idades tendem a classificar sua pele como oleosa. “Vale lembrar que a população classifica sua pele por conta própria e, a partir daí, compra produtos indiscriminadamente”, diz Dr. Omar Lupi. “O resultado disso são alergias, irritações e até intensificar problemas já existentes, caso da acne”, alerta.
