“Às vezes não precisamos de coisas mirabolantes, mas sim práticas”. vA frase, do rio-sulense Aldo Pereira, postada no Facebook, se refere ao PL 4715/12, que obriga as empresas produtoras de cimento a comercializarem embalagens de 25 kg – metade do que, costumeiramente, vê-se nas lojas de materiais de construção.
Para o autor da proposta, deputado federal Rogério Peninha Mendonça (PMDB/SC), são duas as principais razões que o motivaram a sugerir o projeto: desperdício de material e problemas de saúde enfrentados por trabalhadores da construção civil. “São comuns os casos de pedreiros e serventes que reclamam de fortes dores nas costas, ocasionadas pelo levantamento de peso em excesso no transcorrer de suas atividades. A medida que eu propus, de forma muito simples, amenizaria esses problemas”, explicou o parlamentar.
Dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) mostram que, todos os anos, mais de 50 mil pessoas sofrem acidentes de trabalho no Brasil com diagnóstico de dorsalgia (dor nas costas). A lesão é a segunda mais comum dentre todas as apresentadas ao INSS. Peninha acredita que, com a aprovação do PL, muitos desses casos podem ser evitados. “Isso significa mais saúde para os trabalhadores e menos gastos para a Previdência Social”, completou ele.
Questionado sobre o aumento do preço do cimento, caso a medida entre em vigor, o parlamentar reagiu: “continuarão sendo vendidas as embalagens de 50 kg; sacos menores serão só mais uma opção para quem constrói”.
Rafael Pezenti
UNOPressPress