Balneário Camboriú – O Diretor Geral da EMASA, Ney Emílio Clivati, apresentou na sessão desta quinta-feira (28) da Câmara de Vereadores de Camboriú um projeto para recuperação ambiental das margens do Rio Camboriú e consequente aproveitamento no abastecimento de água nos municípios de Camboriú e Balneário Camboriú. O dirigente da autarquia foi convidado ao debate no grande expediente da sessão legislativa após uma breve explanação sobre os temas centrais da proposta.
Ney Clivati falou sobre a importância dos produtores rurais aderirem ao projeto Produtor de Águas, para que sejam mantidas as áreas de preservação permanente (APP) ao redor do Rio Camboriú. “É voluntária a participação dos agricultores”, explicou o diretor da EMASA. Todos os proprietários de áreas rurais às margens do rio, interessados em participar da recuperação ambiental, vão receber indenizações equivalentes a sua produção anual. Esses terrenos seriam cercados com a instalação de placas para identificação do agente ambiental.
A idéia inicial é que a recuperação ambiental seja mantida por um prazo de sete anos. O período é essencial para que a vegetação apresente uma capacidade de reservação adequada e seja ampliada a capacidade de produção de água, necessária para o abastecimento dos dois municípios sem a preocupação de se construir barragens.
O líder do governo na Câmara, vereador Márcio Rosa ‘Kido’ (PSDB), elogiou a iniciativa e pediu a diminuição da burocracia para o cadastro dos produtores rurais. Ele quer que não sejam exigidas matrículas dos terrenos para participação dos agricultores.
Com isso, outro modelo de cadastramento será estudado pela equipe gestora do projeto. O presidente da Casa, Alcione Teixeira ‘Currú’ (PSDB), tomou como base o código florestal catarinense para questionar os limites das áreas cercadas ao redor do rio. Ney Clivati argumentou que não há uma metragem delimitada e que o agricultor é que vai direcionar o espaço a ser preservado em sua propriedade.
A partir da apresentação do Produtor de Água na Câmara de Camboriú, todas as atividades passam a ser gerenciadas pela equipe gestora e pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú. Não haverá qualquer interferência política na execução, mesmo com as parcerias firmadas entre a Prefeitura de Camboriú, Prefeitura de Balneário Camboriú, ONGs TNC e Ideia, BUNGE Alimentos, Epagri e Agência Nacional de Águas – ANA.