Brasília – O Airbus A330 que caiu no Oceano Atlântico no dia 31 de maio quando fazia a rota Rio de Janeiro-Paris não se desintegrou durante o voo, de acordo com relatório preliminar divulgado hoje (2) pelo Escritório de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês). As informações são da BBC Brasil.
“O avião não foi destruído durante o voo. Ele parece ter atingido a água na direção do voo e com forte aceleração vertical”, disse Alain Bouillard, que está à frente das investigações. Ele afirmou ainda que o avião, provavelmente, foi destruído com o impacto na água.
Segundo Bouillard, foram encontrados coletes salva-vidas não inflados entre os destroços da aeronave e as conclusões foram tiradas a partir da análise de todo o material resgatado. Ele destacou que a causa do acidente ainda não pode ser determinada e que as buscas pelas caixas-pretas da aeronave vão ser estendidas até o dia 10 de julho. A expectativa é de que o material pare de emitir sinais ainda esta semana.
O investigador acrescentou que o controle do tráfego aéreo da rota do voo AF 447 deveria ter sido passado do Brasil para o Senegal, no entanto isso não ocorreu. Bouillard explicou que os pilotos do avião tentaram se conectar com um sistema de dados em Dacar três vezes, mas que isso não teria dado certo, já que os controladores aéreos senegaleses aparentemente não tinham recebido o plano de voo.
“Isso não é normal”, avaliou, acrescentando que os investigadores ainda tentam descobrir por que o alerta de emergência só foi dado seis horas depois do desaparecimento do Airbus. Bouillard reiterou que, até o momento, os investigadores franceses não tiveram acesso aos exames dos corpos de vítimas trazidos para o Brasil.
ABr/UNO