(2014) Adesão à campanha em Florianópolis é considerada baixa e preocupa a Secretaria de Saúde
Florianópolis – Os centros de saúde de Florianópolis estarão abertos mais uma vez neste sábado (22), das 8h às 17h, para a campanha de vacinação contra a poliomielite e o sarampo. Todas a crianças entre seis meses e cinco anos incompletos devem ser imunizadas. A meta é atingir, até 28 de novembro, 95% do público alvo. Durante toda a semana, os postos estarão abertos das 8h às 17h, com intervalo de uma hora para o almoço.
A campanha de vacinação, iniciada dia 8 de novembro, teve baixa adesão da população em Florianópolis. Até agora, foram imunizadas apenas 43% das crianças contra a poliomielite e 38% contra o sarampo. Os números preocupam os profissionais da Secretaria de Saúde (SMS).
Ana Vidor, gerente da Vigilância Epidemiológica da SMS, informa que os índices são considerados muito baixos. “Normalmente, atingimos 50% da nossa meta no primeiro fim de semana de imunização”, revela.
O secretário de Saúde, Daniel Moutinho Junior, reforça a importância da participação dos pais e responsáveis pelas crianças na campanha. “Essas doenças já deveriam estar em fase de erradicação, mas alguns países ainda apresentam casos. Devemos proteger nossa população dos riscos.” Além das unidades básicas, supermercados e outros locais de grande circulação de público terão postos volantes de imunização.
Novos casos
O Brasil sempre foi uma das referências mundiais na eficiência de suas campanhas de vacinação. Tanto que a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) certificou o país, em 1994, como área livre do Poliovírus Selvagem (causador da poliomielite). Porém, em março de 2014, o vírus foi detectado em uma amostra de esgoto coletada no Aeroporto
Internacional de Viracopos, em Campinas (SP).
Outro fato destaca a importância desta campanha: de 2000 a 2013, o país não havia registrado novos casos autóctones de sarampo. Em 2014, porém, o vírus foi reintroduzido no Brasil, resultando em 596 casos da doença no período, concentrados especialmente nos estados do Ceará e de Pernambuco.
Carla Argolo
UNOPress