O consumo excessivo de sal pode levar 2,3 milhões de pessoas à morte no mundo num único ano. Essa é a conclusão de um estudo da Harvard Medical School, nos Estados Unidos, baseado na revisão de 250 pesquisas sobre o assunto que faziam parte do 2010 Global Burden of Diseases Study.
Os dados incluem 303 instituições médicas de 50 países e foram apresentados no American Heart Association´s 2013 Scientific Sessions.
Para determinar o número de mortes ligadas à ingestão de sal, foram levados em conta mais de 100 testes médicos que apontavam o papel do sódio no aumento da hipertensão, no risco de ter um AVC e na probabilidade de sofrer um problema cardíaco. Os dados foram comparados com os riscos cardiovasculares encontrados em indivíduos que consumiam 1.000 miligramas de sódio por dia, quantidade considerada «óptima» pelos especialistas.
Os resultados mostraram que 60% das doenças cardiovasculares ligadas ao consumo de sal ocorreram entre os homens e 40% nas mulheres. Ataques cardíacos foram responsáveis por mais de 40% das mortes, assim como AVC. Os 20% restantes estavam relacionados com outros problemas do coração. O estudo concluiu ainda que quase um milhão de todas as mortes ou 40% delas poderiam ser consideradas prematuras, pois atingiu pessoas com menos de 69 anos.
Para incentivar a diminuição do consumo de sal, a American Heart Association criou uma lista apelidada de os «seis mais salgados», que inclui os principais alimentos que contêm mais sódio e dos quais a população deve ficar longe. São eles: pães, congelados, pizza, aves, sopas e sanduíches.
DD/UNO