Itajaí – O sábado (12) será de orientações das 8h às 12h no calçadão da Rua Hercílio Luz. O Núcleo de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde montará um stand em frente a Casa de Cultura Dide Brandão a fim de informar e orientar a população sobre os cuidados para evitar o Caramujo Africano e a Dengue.
“Queremos manter a dengue longe de Itajaí e controlar a presença do caramujo africano em nossa cidade. A orientação é nossa principal arma, por isso estaremos lá na Rua Hercílio Luz esclarecendo as dúvidas de nossos munícipes”, afirma a Secretária Municipal de Saúde, Dalva Maria Rhenius.
Dengue
A dengue se manifesta primeiramente através de febre aguda com duração máxima de 7 dias, acompanhada de dois dos seguintes sintomas, associados ou não a hemorragias: dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares, dores nas juntas, prostração e vermelhidão no corpo.
A população é a maior aliada da Prefeitura para manter a ordem e a limpeza na cidade e prevenir doenças como a dengue. Não jogar lixo em terrenos baldios é uma das ações. A precaução para evitar o surgimento de criadouros do mosquito vale também para terrenos com obras em andamento. “É importante que os proprietários se certifiquem constantemente de que em seus terrenos não haja condições para o desenvolvimento do inseto", afirma o coordenador do Programa Municipal de Controle da Dengue Lúcio Vieira.
O cuidado deve ser com utensílios como baldes, carrinhos de mão, pneus, além de tampas, latas e garrafas. São itens aparentemente inofensivos, mas que, se mantidos a céu aberto, tendem a acumular água da chuva e se tornar criadouros de larvas do Aedes aegypti", acrescenta.
Os ralos, que também podem ser usados pela fêmea do mosquito da dengue para a postura de ovos, devem ser constantemente esfregados. O objetivo é impedir a formação de crosta onde a larva pode se fixar e desenvolver, mesmo no ambiente doméstico.
Caramujo Africano
O caramujo-gigante africano (Achatina fulica) possui concha com listras marrom-avermelhadas e escuras intercaladas com listras mais claras verticais. A borda da concha é mais afiada.
Antes de recolher o molusco deve-se proteger as mãos com luvas ou sacos plásticos para evitar contato e não esquecer dos ovos, que são esféricos, amarelados e ficam semi-enterrados. Após o recolhimento é preciso esmagar caramujos e ovos recolhidos, cobrir com cal virgem e enterrar a 50cm de profundidade.
Outra opção é usar a solução de hipoclorito de sódio (três partes iguais de água para uma de cloro). Os ovos devem ser deixados totalmente cobertos pela solução durante 24 horas, antes de serem descartados. Não esqueça de lavar bem as mãos após o procedimento.
Para evitar a proliferação do caramujo africano, a população deve retirar o lixo dos quintais e terrenos baldios e podar a grama. “É importante que as conchas não sejam deixadas nos quintais, já que no período de chuva podem servir de criadouros para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue”, acrescenta a coordenadora do Núcleo de Controle de Zoonoses, Ieda Passos.
A simples manipulação desses moluscos vivos pode causar contaminação, pois dois tipos de microorganismos perigosos são encontrados em sua secreção. Um deles é o Angiostrongytus costaricensis, causador da angiostrongilíase abdominal, doença que pode resultar em morte por perfuração intestinal, peritonite e hemorragia abdominal. Os sintomas são dor abdominal, febre prolongada, anorexia e vômito.
O outro é o Angiostrongylos cantonensis, causador da angiostrongilíase meningoencefálica humana, que tem como sintomas dor de cabeça forte e constante, rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso.
AI/Redação 24 Horas