Florianópolis 11 de abril de 2013 – O secretário de Estado da Defesa Civil, Milton Hobus, acompanhado do diretor de Resposta, Aldo Baptista Neto, e do diretor de Prevenção, Fabiano de Souza, está sobrevoando a região Norte de Santa Catarina, neste quarta-feira, 10, para verificar a situação dos municípios atingidos por chuvas e enchentes, especialmente o de Barra Velha, um dos mais prejudicados. Em seguida, o secretário se reunirá com prefeitos para fazer um levantamento das necessidades das cidades prejudicadas e das áreas vulneráveis à enchentes.
A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil também criou uma sala de monitoramento para gerenciar a situação. Há previsão de chuva entre esta quarta e início de quinta-feira, com intensidade moderada a forte em alguns momentos, o que mantém o alerta de risco de alagamentos e deslizamentos.
As defesas civis municipais já iniciaram a contabilização dos estragos. O levantamento oficial deverá ser divulgado até final do dia. Foram distribuídas lonas para amenizar as dificuldades enfrentadas pelos moradores. O município mais atingido foi Barra Velha, com 3.500 residências prejudicadas e pelo menos 12 mil famílias afetadas. Em Camboriú, várias ruas ficaram alagadas. Em Itajaí, parte da área rural também teve prejuízos. Em Piçarras, a água invadiu várias residências. Em Palhoça, houve quedas de muros, deslizamentos de terra, e algumas casas foram interditadas.
A chuva que iniciou na noite de terça-feira e se estendeu pela madrugada e início da manhã desta quarta-feira, é considerada de moderada a forte. Em Camboriú, por exemplo, choveu o esperado para o mês inteiro. Os acumulados mais significativos registrados até às 10h30min de hoje foram em: Barra Velha, 240 mm (estação da Defesa Civil); Camboriú, 106 mm; Itajaí, 125 mm (estação da Defesa Civil); São José, 74 mm; e Florianópolis, 61 mm.
O volume de chuva foi causado pela circulação marítima (transporte de umidade do mar para o continente pelos ventos de leste/nordeste) associada a ventos mais fortes em altos níveis da atmosfera. Caso a circulação continue atuando, os efeitos podem se agravar no decorrer das próximas horas. A maré de sizígia (lua nova) dificulta a drenagem dos rios e ribeirões nas áreas costeiras. A previsão da maré alta na região de Itajaí está para as 12h46min.