Tubarão – Três décadas depois da pior catástrofe que Tubarão já viveu, a enchente de 1974, autoridades, especialistas, estudantes e público em geral reuniram-se no auditório da Amurel, na tarde desta quinta-feira (24), para discutir as ações que podem minimizar os impactos que uma possível catástrofe pode trazer à cidade.
Nesta terceira edição do evento, temas como “Experiência do Plano de Prevenção e Mitigação da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí”, proferida pelo secretário Executivo do Grupo Coordenado de Estudos, Pesquisa e Desenvolvimento em Gestão de Riscos de Desastres (GCEPED), Vicente Lapolli serviram como ponto de partida para discussão e reflexão sobre as cheias de 1974 e prevenção de futuras ocorrências.
Organizado em parceria entre a prefeitura de Tubarão, por meio da Defesa Civil, Câmara de Vereadores de Tubarão, Associação Regional de Engenheiros e Arquitetos de Tubarão (AREA-TB) e Conselho Municipal de Segurança (Conseg), o evento já faz parte do calendário de eventos da cidade e todos os anos gera resultados positivos. “A estruturação da Defesa Civil de Tubarão, que começou a ser planejada no primeiro evento, e a criação do Núcleo de Gestão de Risco, coordenado pela Unisul, por são resultados diretos das edições anteriores do seminário”, comentou o coordenador da Defesa Civil, José Luiz Tancredo.
O prefeito de Tubarão, Manoel Bertoncini ressaltou que desde que assumiu a gestão do município vem tratando as questões de prevenção como prioridade. “Sabemos da importância de prevenir, pois depois que o desastre acontece, as consequências, algumas vezes são irreparáveis. Por isso, luto para deixar a Defesa Civil cada vez mais estruturada, pois sei o quanto uma equipe preparada pode fazer a diferença em uma situação de emergência”, afirmou.
Manoel Bertoncini deu ainda duas boas notícias durante seu discurso, na abertura do evento. “Recebemos a informação de que a Caixa Econômica Federal liberou mais de R$ 4 milhões para investirmos no projeto de macrodrenagem da Margem Esquerda e quero informar também que autorizei a compra de uma caminhonete para ser usada pela Defesa Civil”, anunciou o prefeito.
Ações preventivas são de fato o caminho mais curto para evitar uma grande tragédia. “Mas infelizmente, os governos ainda não atentaram para essa realidade. Não disponibilizam recursos para a prevenção, mas quando o desastre acontece o dinheiro surge e o gasto é muito maior”, enfatizou o presidente do Conseg, Maurício da Silva.
De acordo com Maurício, no ano de 2009, R$ 4 bilhões foram utilizados em todo o país para ações de recuperação de danos causados por algum tipo de desastre natural. “Os dados estão disponíveis no site da Câmara dos Deputados. Com certeza seria uma cifra muito menor se tivesse sido utilizada para ações preventivas”, lembrou Maurício.