O que é Fotofobia? A Fotofobia é a sensibilidade à luz e pode afetar aprendizado escolar. Sinais de desconforto ao sol e iluminação artificial podem revelar dificuldades nas atividades escolares, leitura, equilíbrio e fala. Você sabe como está o desenvolvimento escolar e pessoal do seu filho?
Como o próprio nome diz, a criança quem tem fotofobia não consegue olhar de forma direta para a luz ou tem dificuldades para enxergar/manter os olhos abertos ambientes muito claros.
Dentre os casos mais leves de Fotofobia, a pessoa com fotofobia tende a olhar para baixo em uma sala bem iluminada, por exemplo. Já nos casos mais graves, pode acontecer da pessoa sentir extremo desconforto e até dor ao expor os olhos a luz.
O que acontece com quem Fotofobia?
O sintoma mais comum é a sensibilidade à luz. Seja em um dia ensolarado ou em uma sala muito iluminada a pessoa sente a necessidade de apertar ou fechar os olhos, ou a longa exposição a claridade causa dores de cabeça.
O grande perigo da Fotofobia é que ela pode estar associada a outras doenças oculares ou relacionadas ao sistema nervoso central, por isso, ao perceber os sintomas é necessário procurar um oftalmologista para exames da vista.
Observar o comportamento do aluno durante os estudos e as brincadeiras é a melhor forma de acompanhar e perceber como está sua evolução. Segundo a oftalmologista Dra. Márcia Guimarães, o desconforto ao sol, a utilização de régua ou dedo para acompanhar as linhas de um texto, o apoio da testa com as mãos durante a leitura, a procura constante por sombra para brincar e a distração no momento dos estudos são sinais de que as atividades não estão sendo aproveitadas integralmente.
“A exposição à luz solar ou à luminosidade intensa em diversos ambientes, como escritórios, escolas e supermercados, pode provocar, em diversos indivíduos, sensação de irritabilidade, ansiedade e forte dor de cabeça”, afirma a Dra. Márcia Guimarães.
“Isso acontece porque essas pessoas podem ser portadoras de hipersensibilidade a uma determinada freqüência de luz, já que percebem a luminosidade mais forte e brilhante que as demais pessoas”, observa a médica.
Quando o sistema visual está comprometido, o aprendizado será afetado. Isso porque 85% de tudo que se aprende são informações recebidas pela visão.
Possíveis problemas de aprendizagem não são detectados com o exame ocular tradicional. Para detectá-los em tempo hábil de não afetar o desempenho escolar, é necessário fazer exames e testes mais específicos que avaliam o processamento cerebral da visão.
“O ideal é que a análise seja feita além do simples exame do olho, observando todo o processo visual da pessoa. Isso porque é o cérebro o responsável pela visão. O olho é apenas a parte captadora da luz”, explica Dra. Márcia Guimarães.
Nos casos em que a hipersensibilidade à luz (também conhecida como fotofobia) chega a afetar o aprendizado, pode ser diagnosticado caso de Síndrome de Irlen que, segundo a oftalmologista, afeta 20% da população.
Essa incidência é ainda mais elevada em portadores de déficits de atenção, dislexia, hiperatividade, entre outros problemas. Mesmo bons leitores, sem dificuldades de aprendizagem, podem ser portadores desta hipersensibilidade.
Nesses casos, ela se manifesta pelas crises de enxaqueca, irritabilidade, ansiedade e redução da produtividade profissional. Fora do ambiente escolar e de escritório, esses sintomas também podem aparecer em lugares com neblina, chuva, mormaço e trânsito, com as luzes noturnas e dos faróis, uma vez que nesses casos a claridade é instável.
Os óculos para sensibilidade à luz possuem lentes especiais, elas podem ser solares ou escuras, fotossensíveis (Transitions – que escurecem de acordo com a iluminação do ambiente), ou com proteção contra a luz azul.
O que pode causar Fotofobia?
A American Academy of Ophthalmology indica que a Fotofobia ou sensibilidade à luz pode estar associada a mais de 10 tipos de doenças ou problemas de saúde, entre eles: Albinismo, Ceratites infecciosas (infecção da córnea por microorganismos como bactérias, vírus, fungos ou protozoários), Olho seco, Catarata, Calázio, Conjuntivite, Infecção ocular relacionada à lente de contato, Traumas na córnea (corpo estranho, abrasão, laceração…), Alergias oculares, Inflamações oculares, Enxaqueca e outras dores de cabeça (cefaleias), Estrabismo, entre outras.
Como aliviar os sintomas?
Para aliviar os sintomas da fotofobia é preciso tratar a condição que a está causando, por isso quando são problemas oculares procure um oftalmologista.
Os óculos de sol ou de grau com lentes especiais podem ajudar a manter os olhos protegidos e aliviar os sintomas da fotofobia crônica.
Qual a melhor lente de óculos para quem tem fotofobia?
– Para quem vive mais ao ar livre e pega muito sol, o melhor lentes em tons mais escuros.
– Já para quem vive dentro e fora de ambientes fechados. Óculos com lentes fotossensíveis (Transitions) que se adaptam às luzes são a melhor opção. Estas lentes se adaptam ao nível de iluminação do ambiente interno ou externo..
– Já para quem fica muito tempo em computador, notebook, tablet ou celular, os óculos com lentes blue protect, ou filtro contra luz azul serão os melhores. As lentes blue light ou com filtro contra luz azul protegem os olhos das luzes emitidas por aparelhos eletrônicos.
Principais sintomas
Vermelhidão nos olhos;
Visão embaçada;
Ardor e inchaço ocular;
Fechar os olhos por completo ou parcialmente sempre que estiver exposto à claridade;
Cores de cabeça.
Em geral, o tratamento para fotofobia envolve tomar alguns cuidados especiais por recomendação médica, como evitar lugares muito iluminados e usar óculos escuros e com proteção UV ao entrar em contato com a claridade.
O que acha de se consultar com um Oftalmologista?
Em hipótese alguma faça a automedicação. Só um especialista é capaz de informar o melhor tratamento. Além do mais, como as causas são distintas, só o médico pode indicar o melhor procedimento para tratar o problema.
