Balneário Camboriú – Uma comitiva com representantes das secretarias de Desenvolvimento e Inclusão Social, Fazenda e Fundação Cultural estará reunida com a chefia da Funai de Palhoça na próxima sexta-feira, 17, para dar encaminhamento à situação dos índios que estão na cidade em condições de risco social. A reunião será na Escola Indígena de Biguaçu, às 15h.
A ação foi motivada pela Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social, tendo em vista a presença de índios guaranis em Balneário Camboriú há alguns dias, comercializando produtos nas ruas da cidade. A maior preocupação das autoridades municipais é com a segurança dos cerca de 40 índios e seus filhos menores, que estariam vivendo em condições precárias em vias públicas, pátios de igrejas e até mesmo no chão da rodoviária local. Para o secretário Luiz Maraschin, é fundamental que se garanta a segurança e a dignidade destas pessoas que, conforme a legislação federal, são oficialmente representadas pela Fundação Nacional do Índio (Funai).
Neste sentido, foi encaminhado ofício e agendada a reunião com Marcos Antônio Menegotto, chefe substituto do núcleo de apoio local da Funai, de Palhoça, que coordena as atividades junto às aldeias indígenas da grande Florianópolis. Esta unidade local faz parte da administração executiva regional da Funai em Santa Catarina, cuja sede fica em Chapecó, no oeste do estado. Todos os índios que estão em Balneário Camboriú hoje pertencem a aldeias de Biguaçu.
Negociação
Além do secretário Luiz Maraschin, participam da reunião o presidente da Fundação Cultural de Balneário Camboriú, Eduardo Meneghelli, e o servidor Rui Bittencourt, representando a secretaria da Fazenda. “Nossa intenção, além da garantia da segurança dos índios em nossa cidade, é negociar dois pontos de indiscutível importância: a venda exclusiva de produtos artesanais que retratem a cultura indígena e a definição do alojamento que vai abrigar esse pessoal, em condições de salubridade e respeito à condição humana”, explica Maraschin. Nos últimos dias, muitos índios foram vistos vendendo produtos industrializados, típicos de lojas de R$ 1,99, o que para as autoridades municipais descaracteriza e desqualifica a cultura indígena.
A praça Higino João Pio, no centro da cidade, é o local definido pela Prefeitura para receber os índios em condições dignas. No local, eles podem produzir e vender o artesanato indígena, além do espaço e da área de lazer para receber as crianças.
Vânia de Campos
UNOPress