quinta-feira, dezembro 26, 2024

Tratamentos para hiperplasia benigna de próstata

Grande parte dos homens, após os 60 anos, desenvolve um aumento da glândula prostática, disfunção conhecida como Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP) – tumor benigno mais comum nesse segmento da população.

“As causas da doença não são completamente esclarecidas. Aparentemente, múltiplos fatores contribuem para o aparecimento da HPB, sendo os mais comuns a idade, fatores genéticos e endócrinos. A HPB ocorre por uma proliferação exagerada das células da zona de transição da próstata, região próxima à uretra. Entretanto, o aumento da próstata, avaliado usualmente por toque retal e ultrassonografia, não necessariamente implica na presença de sintomas urinários.

Estes sintomas ocorrem apenas em condições específicas e dependem de outros fatores como doenças associadas, atividade diária e ingestão hídrica, entre outros”, explica Dr. Oskar Kaufmann (CRM-SP 104.028), urologista, especialista em cirurgia robótica em urologia, graduado em Medicina pela Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo e com doutorado pela Divisão de Clínica Urológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), membro da Sociedade Brasileira de Urologia e da American Urological Association, Endourological Society.

Nos casos mais sérios, quando a doença comprime a uretra e provoca retenção urinária, a cirurgia se faz necessária, a fim de proporcionar qualidade de vida ao paciente. Os métodos cirúrgicos que, tradicionalmente, tem apresentado melhores resultados são a Ressecção Transuretral Convencional da Próstata (RTU), método clássico no qual a próstata é retirada através da uretra em fragmentos por um bisturi com passagem de corrente elétrica, e a Prostatectomia Supra Púbica, cirurgia convencional aberta realizada por uma incisão abdominal acima do osso púbico. “Estes dois métodos constituem, até hoje, os padrões consagrados, pois representam o que há de melhor para o tratamento da hiperplasia da próstata”, diz o especialista.

Laser Green Light

Como os avanços na medicina ocorrem com muita rapidez, hoje, já existem novos tratamentos para a Hiperplasia Benigna da Próstata. “Mais recentemente, chegou ao Brasil o laser Green Light, que tem mostrado resultados tão eficientes quanto os métodos tradicionais, com vantagens em relação ao tempo de internação e de recuperação pós-operatória, pois é um procedimento ambulatorial”, ressalta Dr. Oskar.

No procedimento cirúrgico com o Green Light, a fibra de laser é introduzida pela uretra, através de um instrumento acoplado a uma câmera de vídeo que permite a visualização do procedimento. O laser então é direcionado para o tecido prostático que vai sendo literalmente vaporizado pela ação do “raio verde”.

“O laser é um método de fácil domínio para o médico urologista habituado com a ressecção transuretral, tendo uma curva de aprendizado muito curta. Além disto, o Green Light apresenta um mínimo de sangramento. Isso se explica porque o laser, ao mesmo tempo em que vaporiza a próstata, provoca a cauterização dos vasos sanguíneos, impedindo sangramento durante todo o procedimento”, relata Dr. Oskar Kaufmann.

Benefícios para os cardiopatas

O tratamento com o Green Light representa um avanço também para os pacientes que fazem uso de drogas anticoagulantes ou ácido acetilsalicílico, como por exemplo, os cardiopatas – não há necessidade de se suspender o uso do medicamento para realização da cirurgia. “Além disto, a irrigação durante o procedimento cirúrgico é realizada com soro fisiológico ao invés de manitol, ou seja, o risco de intoxicação hídrica inexiste. A sonda vesical pode ser retirada 24h após o procedimento, quando comparado aos habituais três a quatro dias pós Ressecção Transuretral Convencional da Próstata (RTU)”, finaliza o médico.

Dr. Oskar Kaufmann (CRM-SP 104.028)

Médico urologista e especialista em cirurgia robótica em urologia. Graduado em Medicina pela Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo e com doutorado pela Divisão de Clínica Urológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Dr. Oskar Kaufmann é membro da Sociedade Brasileira de Urologia, American Urological Association, Endourological Society e acaba de retornar ao Brasil, após o período de um ano de pós-doutorado em Endourologia, Laparoscopia e Cirurgia Robótica pela Universidade da Califórnia – Irvine. Além de integrar o corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital São Luiz e do Hospital do Homem, Dr. Kaufmann possui mais de 30 trabalhos publicados em veículos científicos nacionais e internacionais.

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