Joinville – A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ficará no terreno da curva do arroz. Depois de muita discussão em torno de onde seria instalada a unidade da UFSC na região Norte do Estado, foi “batido o martelo” na tarde desta quinta-feira (30), na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional de Joinville.
Participaram da reunião o governador Luiz Henrique, os prefeitos de Joinville, Carlito Merss, e de Araquari, João Pedro Woitexem, o reitor da UFSC Álvaro Prata, secretário de desenvolvimento regional Manoel Mendonça, o presidente da Câmara de Vereadores de Joinville, Sandro Silva, o vereador Osmari Fritz, o presidente da ACIJ, Carlos Schneider, técnicos do governo do Estado, da Prefeitura e da Universidade Federal.
O impasse estava em torno do terreno do grupo Sinuelo, que havia planejado a construção de um posto temático, com centro comercial e hotel no entorno do terreno da UFSC. Já a universidade defendia a tese de que o terreno deveria ser incorporado ao seu, pois considera o espaço estratégico para o projeto da instituição de ensino. Em virtude deste impasse outras
alternativas foram propostas como a área do Grupo Tupy, próximo ao terreno na curva do arroz, onde parte do terreno seria doado a UFSC.
O reitor Álvaro Prata apresentou os estudos solicitados na última reunião pelo governador Luiz Henrique e pelo prefeito Carlito Merss sobre a permuta do terreno do Sinuelo e se haveria possibilidade de indenizá-los, possibilitando assim a compra do terreno da Agropecuária Barbieri pelo grupo empresarial. Segundo o reitor não haveria possibilidade de efetuar a referida transação, apresentando a Lei Municipal nº 134 de 1999 que proíbe
a instalação de posto de gasolina nas proximidades de estabelecimentos de ensino.
O presidente da Fundação IPPUJ, arquiteto Luiz Alberto de Souza, também apresentou estudo realizado pelo instituto sobre as questões legais, ambientais e urbanísticas do Plano Diretor de Joinville, quanto à permuta do terreno do Sinuelo com a UFSC e identificou que há diversas restrições. Em seguida sugeriu um acordo para anexar o terreno do Sinuelo ao da
universidade, já que o mesmo é de utilidade pública. Ao mesmo tempo seria criado um grupo de trabalho formado por representantes do governo do Estado, da Prefeitura de Joinville e de empresários para resolver a situação do empreendimento do grupo Sinuelo.
O governador Luiz Henrique externou sua preocupação quanto aos investimentos que o Grupo Sinuelo no empreendimento e os empregos que o mesmo irá gerar na região, mas ao mesmo tempo uma decisão precisaria ser tomada. Disse que recebeu uma ligação do Ministro da Educação, Fernando Haddad, e se comprometeu em dar o encaminhamento final ao assunto nesta reunião para que as obras da UFSC possam iniciar imediatamente.
Fonte: Assessoría de Imprensa